Mais de 3 mil estão na fila de transplante de órgãos na Bahia

Informações: Tribuna da Bahia
Indicado apenas quando todos os métodos convencionais de cura não apresentam resultado, o transplante de órgãos e tecidos continua lotando as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente, por falta de doadores. Setembro é o mês nacional de incentivo à ação e, no Brasil, apenas 30% das pessoas permitem o reaproveitamento de coração, pulmão, córneas, ossos, rins, fígado, partes do corpo humano que, a depender da causa da morte, podem ser transplantadas em outras pessoas. No país 95% dos transplantes são realizados pelo SUS, divididos em unidades públicas e particulares.
Na Bahia, a maior fila de espera é pelo transplante de rim, assim como em todo o país. Até meados do mês de agosto, 1.110 pessoas sofriam com a espera angustiante em todo o estado, dependendo apenas da boa ação de familiares que permitissem o reaproveitamento dos rins de seus entes queridos falecidos, já que, pela lei, apenas parentes de 1º e 2º grau podem consentir a doação de órgãos e tecidos de pessoas vítimas de parada cardíaca ou morte encefálica.
No caso do transplante de rins, outro fator agravante é a necessidade de compatibilidade entre os tecidos do órgão do doador e da pessoa implantada e esta é uma dos responsáveis pela enorme fila para este tipo de cirurgia, conforme informou Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab). “Este é um problema enfrentado em todo o país, não só pela falta de doadores, mas pela complexidade que envolve as condições para a realização da cirurgia”, explicou. (mais…)