Manifestação dos taxistas fecha trânsito em Vitória da Conquista
Por Bia Oliveira
Essa terça-feira (4) foi de muita comoção em Vitória da Conquista. Após o enterro do taxista Joaquim Oliveira Dias, morto na madrugada desta segunda-feira (3), durante tentativa de assalto enquanto trabalhava, os colegas que participaram do cortejo, com faixas e frases de indignação contra a violência praticada pelos bandidos contra a categoria, seguiram em carreata pelas ruas centrais da cidade, fechando a Avenida Régis Pacheco, próximo ao viaduto “Bigode de Pedral”. O trânsito ficou interditado nos dois sentidos, como forma de chamar a atenção das autoridades para a violência que assola a cidade, e pedir justiça para mais esse ato praticado contra a categoria.
Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas, Nilson Pinheiro, esse é o 25º motorista assassinado nas últimas três décadas, e nos últimos dois meses, pelo menos trinta taxistas foram alvo dos bandidos. Frases como “Queremos justiça”, “Redução da maioridade”, “Cadê a casa de menor infrator” e “Queremos respeito” foram pintadas nos para-brisas dos veículos.
Fotos: Blog da Bia Oliveira
Joaquim Oliveira Dias, 48 anos, que morava no Bairro Guarani, foi morto após ter ido atender uma chamada do Disk Táxi no Bar América, localizado na Avenida Siqueira Campos. Ao perceber que se tratava de assalto, segundo colegas, ele chegou a passar um código de assalto para a central, e logo em seguida a comunicação foi encerrada. Depois disso, não se sabe o que ocorreu dentro do veículo, mas o motorista foi obrigado a seguir pela Avenida Juracy Magalhães e próximo ao Shopping Conquista Sul um dos bandidos disparou contra ele, levando-o a perder o controle do veículo e capotar. O motorista e um dos suspeitos foram socorridos, entretanto o taxista morreu no hospital e o bandido está internado no HGVC. Dois adolescentes conseguiram escapar, mas já foram identificados pela policia.
Para Nilson Pinheiro, a participação de adolescentes em crimes como esse mostra a necessidade de se repensar a maior idade penal. “Não podemos aceitar que um adolescente mate um pai de família e fique impune, nosso país precisa de penas mais severas”, disse.
