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Jojo Todynho viverá Chica da Silva em desfile da Beija-Flor em 2020

RIO — A cantora Jojo Todynho irá desfilar como Chica da Silva no desfile da Beija-Flor em 2020. Como divulgado hoje na coluna de Ancelmo Gois, a funkeira viverá na avenida a escrava brasileira que foi comprada pelo contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira e que, ao receber a alforria, passou a viver uma vida de luxo ao lado dele — mesmo nunca oficializando a relação.

A escola de Nilópolis traz no ano que vem o enredo “Se essa rua fosse minha” que, contando toda a história do caminhar da humanidade e as estradas da vida, trilha o caminho até a rua mais importante do carnaval carioca: a Marquês de Sapucaí.

Jojô Todynho vai desfilar na Sapucaí como Chica da Silva

Todynho vai desfilar na Sapucaí como Chica da Silva Foto: Reprodução/Coluna Ancelmo Gois

Alexandre Louzada, carnavalesco da escola e que divide o posto com Cid Carvalho, explica em que contexto a personagem aparece no desfile da azul e branca do próximo ano:

— A Chica da Silva entra no momento da descoberta do novo mundo, do novo continente. Então vamos falar sobre o caminho que os bandeirantes usavam para seguir os índios, como adentraram o nosso país, e como criaram essas rotas reais para escoar as riquezas das Minas Gerais. É nesse período das minerações que ela foi uma personagem lendária em Diamantina, cidade na época chamada “Arraial do Tijuco”.

Sem querer revelar muitos detalhes sobre o desfile, Louzada afirma que Jojo virá com muito luxo, na frente de uma ala coreografada representando as mucamas da escrava alforriada, e revela a razão da escolha da funkeira para viver a personagem brasileira.

— Ela vem com todas as pompas que a Chica da Silva sempre teve. Eu escolhi a Jojo justamente por causa de sua história, toda a sua irreverência e sua personalidade forte. Acho que ela é a pessoa perfeita para interpretar a Chica — contou o carnavalesco.

Se essa rua fosse minha

O enredo para o ano que vem surgiu da inspiração dos dois carnavalescos pelas inúmeras estradas da vida. Para Louzada, a Sapucaí é onde todos os caminhos se encontram:

— Toda escola que dobra aquela esquina da concentração para entrar na Sapucaí tem uma história para contar, ela percorreu um caminho até chegar ali. E a partir do momento em que a gente pisa lá, essa avenida é nossa, a gente vive aquela fantasia e dá o nosso melhor. É o que faremos em 2020.

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