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Harmonização facial: especialistas explicam como é o procedimento que caiu no gosto de celebridades

O procedimento que caiu no gosto de celebridades

A harmonização facial caiu no gosto das celebridades e gerou grande curiosidade no público. Personalidades como Gretchen, Joelma e Carlinhos Maia já passaram pelo procedimento, cujas buscas no Google cresceram 540% este ano. A prática nada mais é do que um nome mais bonito para a técnica de preenchimento facial, que ocorre em mais de um local no rosto, com o objetivo de deixar a face mais simétrica e harmônica.

O procedimento é minimamente invasivo e pode ser feito no consultório, em apenas um dia ou em algumas sessões. Na harmonização facial o preenchimento é feito com ácido hialurônico — uma substância presente no organismo humano, o que facilita o aceitamento pelo corpo.

— Estamos vivendo numa época em que as pessoas não têm tempo para ficar de repouso por longos períodos após uma cirurgia. Por isso, a harmonização facial se tornou uma opção de procedimento rápido, com um bom resultado, que aparece já nas primeiras semanas — diz o cirurgião plástico Renato Cazaes.

O tempo de repouso varia de acordo com a quantidade de locais preenchidos. Geralmente, a recomendação é de 24 a 72 horas de aplicação de gelo, uso de filtro solar e afastamento de atividades físicas.

— O preenchimento pode ser feito na região do bigode chinês, da maçã do rosto e do queixo, por exemplo. Em pessoas que têm o queixo muito para dentro, podemos alongá-lo e deixar o rosto mais simétrico — afirma o dermatologista André Braz.

Antes de começar o processo de harmonização, no entanto, o especialista e o paciente devem conversar sobre quais áreas serão preenchidas e a expectativa do resultado. Nem sempre o ponto onde a pessoa quer mexer será a melhor para o efeito desejado.

Profissionais disputam procedimento

Médicos e dentistas estão no centro de uma disputa judicial para resolver quais profissionais podem ou não realizar procedimentos estéticos como a harmonização facial.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) são contra o exercício da prática por cirurgiões dentistas. A alegação é que profissionais formados em odontologia não recebem capacitação adequada para realizar os procedimentos e que cursos de especializações são insuficientes.

Por outro lado, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) regulamentou a prática em janeiro deste ano — por meio de uma resolução — e criou uma Comissão Especial de avaliação para registro e inscrição na especialidade em Harmonização Orofacial. Para pleitear o título, o cirurgião dentista deve realizar um curso de carga horária mínima de 500 horas. As titulações dos professores e do coordenador do curso serão avaliados pela comissão para verificar a qualidade do ensino recebido.

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