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Deputada entra com representação no MP contra banda por apologia ao estupro

A deputada estadual Luiza Maia (PT) ingressou com uma representação contra a banda Abrakadabra, motivada pela letra e videoclipe da música “Tigrão Gostoso”. No documento, protocolado junto ao Ministério Público da Bahia, na quarta-feira (5), a deputada afirma que o conteúdo da música “traz indistinta discriminação contra mulheres, com violação à imagem e dignidade destas”.

Para Luiza Maia, o clipe também incita, “sem chance de dúvida, a prática de crimes contra a liberdade sexual, como os de estupro e atentado violento ao pudor, previstos nos arts. 213 e 214 do Código Penal”. O vídeo, que foi lançando em dezembro e já ultrapassava 60 mil visualizações, foi removido do Youtube. No último dia 27, a Marcha Mundial das Mulheres divulgou uma nota de repúdio contra a banda.

Clipe foi lançado em dezembro de 2013

“No início do clipe, retrata-se uma situação que é corriqueira na vida de todas as mulheres, que vivem diariamente o medo e a insegurança de serem violentadas ao andarem sozinhas à noite ou em ruas desertas. Entretanto, ao invés de se denunciar a violência sexual, o clipe se desenrola de forma a enaltecer a posição do estuprador, colocado como a figura do “tigrão gostoso”, de modo a associar a agressividade à masculinidade”, diz trecho da nota.

Em nota à imprensa, a deputada compara a Abrakadabra ao caso da New Hit. Nove integrantes da banda e um policial militar foram acusados de estupro contra duas adolescentes em agosto de 2012, após show na cidade de Ruy Barbosa.

“Vimos o exemplo da banda New Hit: quem canta violência pratica violência. Não podemos permitir que o que aconteceu em Ruy Barbosa se repita”, enfatizou a deputada. “O problema não está no ritmo, mas no conteúdo dessas músicas. Existem bandas de pagode e de arrocha que fazem um belo trabalho, sem ofender a dignidade de ninguém. Sabemos que a luta é grande e a Lei Antibaixaria também tem esse papel didático, de combater o machismo de forma educativa, mas há casos em que é necessário apelar para a justiça”. Informações do Correio 24h.