Trabalhadores da construção civil de Conquista mantêm paralisação por tempo indeterminado

Por Bia Oliveira

Na manhã desta sexta-feira (28), os trabalhadores da construção civil de Vitória da Conquista, mobilizados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracom), fizeram uma manifestação em frente à Câmara Municipal, chegando a ocupar as dependências da Casa, para manifestar o descontentamento da categoria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).

A mobilização dos trabalhadores teve início na última terça-feira (22) e permanece por tempo indeterminado, já que não houve acordo nas onze rodadas de negociação realizadas com os dois sindicatos. Na pauta de reivindicações da categoria consta, entre outros itens, reajuste salarial de 10%, aumento no valor da cesta básica, de R$ 107 para R$ 147, extensão da cesta básica a todos os trabalhadores da construção civil, independente de quantos trabalhadores tenha a empresa, redução do prazo de experiência para 30 dias e permanência do aviso prévio indenizado. “Não estamos pedindo nada demais, apenas os nossos direitos, estamos hoje entre as maiores categorias de trabalhadores dessa cidade, são mais de três mil trabalhadores formais e cerca de seis mil informais”, disse o presidente do Sintracom-VC, Ernando Vieira.

Com a greve dos trabalhadores da construção civil, que atinge toda a Bahia, com mobilizações nas principais cidades, a exemplo de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, Barreiras, entre outras, muitas obras estão paradas. Em Conquista, as maiores obras são as do Shopping Boulevard, Centro Empresarial Conquista Sul e Minha Casa Minha Vida. “Enquanto não houver acordo, a construção civil em Conquista vai ficar parada”, afirmou Ernando Vieira.

Para chamar a atenção da sociedade, o Sintracom promoveu duas caminhadas saindo dos canteiros de obras do Shopping Boulevard e do Conquista Sul, e encontrando-se na Praça Barão do Rio Branco, onde fizeram um ato público. Ao passar pela Câmara Municipal, recebeu apoio dos vereadores. Na próxima semana, os trabalhadores permanecem mobilizados nos canteiros de obras onde atuam.