Transporte Vitória da Conquista

Sindicato dos Rodoviários de Conquista recua após ameaça de demissões pela empresa Vitória

Em alguns locais, como na Fazenda Santa Marta, os prejuízos são grandes para a população

Uma nota emitida pela Viação Vitória, com ameaça de demissões em massa, foi o bastante para que o sindicato dos rodoviários recuasse da proposta de catraca livre, sugerida para entrar em vigor nesta terça-feira (26) como forma de pressionar a empresa de ônibus a pagar vales, tickets e salários atrasados aos mais de 500 funcionários.

Visivelmente insatisfeitos com a empresa e mais ainda com a falta de amparo do sindicato, os rodoviários não pouparam críticas aos envolvidos no caos do transporte público em Conquista.

“Prefeitura, sindicato, Vitória. Todos desmoralizados e o povo sabe muito bem disso. Infelizmente até a Justiça, que deveria nos proteger, parece estar comprometida”, desabafou um funcionário.

“Estamos passando por dificuldades financeiras, alguns colegas estão com problemas de saúde e nada é resolvido. Até essa greve é armação, porque muitos estão sem rodar e não vão receber hora extra”, completou outro rodoviário, que pede a renúncia da direção do sindicato. “Essa direção do sindicato não mostrou a que veio. Tem muita coisa errada, meu amigo”, afirmou.

A redação do Sudoeste Digital solicitou posição do sindicato sobre as críticas dos rodoviários à instituição e sobre o andamento de uma prometida ação judicial da assessoria jurídica com objetivo de penhorar os bens da Viação Vitória para assegurar o pagamento dos rodoviários, mas até o momento a entidade não se manifestou.

A Viação Vitória não emitiu nota a respeito da greve, que chega ao oitavo dia, nem sobre as ameaças de demissão ou definição do pagamento dos funcionários. A empresa atende a 40 mil usuários diariamente, mas com a greve, somente 30 ônibus (equivalente a 30% da frota) estão circulando. //Sudoeste Digital