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Bahia Vitória da Conquista

Sem propostas para negociações, greve dos bancários continua

Foto: Gabriel Oliveira

Foto: Gabriel Oliveira

Os números apontados pelas pesquisas do Dieese comprovam o quanto a situação financeira dos bancos destoa com a desrespeitosa proposta de reajuste apresentada aos bancários. Os banqueiros, donos dos seis maiores bancos que tiveram lucro líquido de quase R$ 30 bilhões no primeiro semestre de 2013, uma média de R$ 62,5 mil por empregado, se limitaram a oferecer 6,1% de aumento salarial para os funcionários. No quesito emprego, as organizações financeiras terminaram o semestre com média de 22,95 funcionários por agência, queda de 5% sobre os 24,15 de 2012.

Em todo Brasil, pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram fechados ontem, no primeiro dia da greve. Foram 1.013 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%.

Somente na base do Sindicato da Bahia, foram 240 agências paralisadas. No interior do estado, a categoria cruzou os braços nas unidades bancárias na base de Feira de Santana (31), Vitória da Conquista (53), Itabuna (31), Ilhéus (26), Jequié (15), Irecê (37), Barreiras (43), Jacobina (28), Camaçari (16) e Juazeiro (23). Já em Sergipe, deixaram de funcionar 97 agências. No total, são 640 unidades fechadas na base da Bahia e Sergipe.

Segundo o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (FEEB-BA/SE), Emanoel Souza, a greve continua, não houve nenhuma negociação com os bancos.

Os bancários reivindicam:

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

 > Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.