Política Vitória da Conquista

Segurança Pública na Zona Oeste é debatida em reunião na 78ª CIPM

Fotos: Gabriel Oliveira

Fotos: Gabriel Oliveira

O alto índice de criminalidade registrado nos bairros que compõem a Zona Oeste de Vitória da Conquista foi tema de uma reunião na noite desta terça-feira (04), no auditório do 9º Batalhão da Polícia Militar. A violência vem preocupando comunidade e autoridades civis, policiais e políticas, que se uniram em busca de uma solução em curto e médio prazo.

Para tentar conter a onda de crimes por meio de ações efetivas, uma comissão de comerciantes foi criada para produzir um documento com informações de moradores, lojistas e representantes de entidades de classes, apontando os principais problemas de cada bairro, pontos críticos e possíveis soluções. O documento foi entregue à 78ª CPM, responsável pelo policiamento na Zona Oeste e demais distritos e municípios situados, geograficamente, no lado oeste, tendo como ponto de divisão a BR-116 (Rio-Bahia).

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Autoridades legislativas e do setor privado estiveram presentes na reunião

Entre as principais demandas apresentadas no documento estão deficiência na iluminação pública em várias ruas e avenidas, a exemplo da Avenida Frei Benjamim, em toda sua extensão, Avenida Mongoió, Rua Tupinambá e Xavantes (Comveima), matagal em vários trechos, principalmente no alto do Ibirapuera, final da Avenida Alagoas e Bairro Alegria, prédios, terrenos e praças abandonados, ausências de fiscalização de bares e sinalização no trânsito. Todos esses pontos, segundo a comunidade, favorecem a ação dos bandidos e contribuem para o aumento da violência.

Segundo o CAP PM Orlins, parte dessas ações pode ser efetivada pela Polícia Militar, mas algumas dependem do Executivo Municipal e outras do Governo do Estado. No que tange à Polícia Militar, informou que a partir desta sexta-feira (07) serão intensificadas as blitzes em toda a cidade para inibir ações delituosas como assaltos, roubos de veículos e homicídios, além da apreensão de veículos roubados, com documentação atrasada, entre outros. “Essa ação com certeza vai ser criticada por algumas pessoas, mas ela é necessária, principalmente com a liberação de presos do Presídio Nilton Gonçalves, por conta da superlotação e interdição do Módulo I”, explicou.

Apesar de terem participado da elaboração da pauta, muitos comerciantes não acreditam em atendimento imediato às questões pontuadas. “É só lorota, muita conversa e pouca ação. O problema dos menores é um exemplo, ninguém faz nada, esses garotos roubam e matam porque estão conscientes de que não serão punidos, de que vão permanecer incomodando a sociedade. É pena que a gente tenha de dizer isso, pois, no fundo, eles também são vítimas desse sistema cruel”, disse um lojista.

A reunião contou com a presença de lideranças de bairros, policiais, comerciantes e dois vereadores representando o Legislativo Municipal: Arlindo Rebouças (PROS) e Florisvaldo Bittencourt (PT).