Sudoeste UESB Vitória da Conquista

Reconhecimento e Valorização: é isso que o servidor técnico das UEBA´s quer!

Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da UESB emite nota a respeito da paralisação, confira:

Paralisação foi decidida em assembleia

Ao longo da existência das Universidades Estaduais da Bahia – UEBA´s, os servidores técnicos têm contribuído intra e/ou extra campus para enaltecer cada vez mais o papel social destas instituições de ensino superior nas regiões em que estão inseridas. Esta contribuição, no entanto, não tem sido reconhecida e valorizada de forma justa e equilibrada, seja no oferecimento de melhores condições de trabalho e/ou de salários, a exemplo da remuneração atual de um técnico universitário com 40 horas semanais ser de R$ 685,11, quando valor atual do salário mínimo é de R$ 724,00.

Durante este tempo a categoria de técnicos tem procurado junto aos atores responsáveis resolver pendências que, em alguns casos, perduram até hoje sem que seja dada a atenção e os devidos encaminhamentos. A partir de 2007 e até a presente data, portanto no Governo atual, mesas de negociações – setorial e/ou central, foram instaladas, documentos foram elaborados, informações foram trocadas, porém a categoria ainda não viu suas reivindicações, no todo ou em parte, atendidas. Entre estas reivindicações, destacam-se: a) Regulamentar Plano de Cargos, Carreiras e Salários instituído pela Lei 11.375/2009 em substituição à Lei 8.889/2003 (também não regulamentada); b) Revogar Lei 7.176/97, que retira a autonomia administrativa e financeira das Universidades Estaduais da Bahia; c) Destinar 7% (sete por cento) da RLI (Receita Líquida de Impostos) para as Universidades; d) Pagar reajustes salarias anuais retroativos a janeiro de cada ano, sendo esta a data-base legal da categoria; e) Converter em pecúnia a Licença Prêmio dos servidores técnicos das UEBA´s; f) Aumentar o valor do Auxílio Alimentação congelado em R$ 9,00 há mais de 10 anos, para R$ 15,00, já no ano de 2014; g) Pagamento da URV; h) Converter em pecúnia 1/3 (um terço) de férias etc. etc. etc.

Para este Governo a opção de não negociar, ou negociar ao seu modo, gera vários problemas. Antigas reivindicações não atendidas perduram na (in)justiça, enquanto direitos e conquistas solapados aumentam o passivo do Estado para com seus servidores, que já é historicamente grande. O servidor público estadual de modo geral está nas salas de aula, nos hospitais, no enfrentamento aos bandidos, na fiscalização e arrecadação de impostos, enfim, no atendimento direto à população nas repartições públicas, e em muitos casos, o trabalho é exercido em condições adversas e cumprido pelo compromisso que a imensa maioria tem com o cidadão e pela responsabilidade com a função assumida. Porém é visível a insatisfação. E um servidor insatisfeito pode representar a falência do sistema. Não se governa para o povo sem ouvir quem está próximo a este mesmo povo. Mas ainda há tempo, o governo pode mudar este quadro. Lembramos ao Governador Jacques Wagner, que se diz democrático e do diálogo, que nunca é tarde para corrigir rumos, especialmente se considerarmos que o servidor público é um trabalhador, e mais, eleitor.

Diante do exposto, a categoria vem a público, mais uma vez, manifestar sua insatisfação e indignação com o “tratamento dispensado” pelo Governo do Estado nestes e em outros pontos de pauta, e exige deste mesmo Governo, como compromisso moral com o trabalhador, providências imediatas no atendimento e na resolução da nossa pauta de reivindicações.

Sempre alerta e unida nas quatro universidades estaduais da Bahia, a categoria aprovou, entre outras manifestações, paralisação com mobilização entre os dias 10 e 14 de março de 2014. O calendário de mobilização para este período foi elaborado e divulgado com uma série de ações visando sensibilizar as comunidades universitárias, comunidades locais e ao próprio Governo para a importância dos históricos e legítimos pleitos da categoria, do reconhecimento e valorização destes que são mola mestra na construção das UEBA´s: os servidores técnicos.

Reconhecimento e Valorização: é isso que o servidor técnico das UEBA´s quer!