Ação Social Vitória da Conquista

Projeto mantido por doações hospeda familiares de pacientes em tratamento de outros municípios

Casa sobrevive por meio de doações

Familiares de pacientes internados no Hospital de Base de Vitória da Conquista, sudoeste baiano, contam, há cerca de três meses, com uma casa de acolhimento para pessoas de outros municípios, que não têm como se manter na cidade enquanto acompanham os parentes em tratamento.

O projeto se chama Casa da Vida e, desde que passou a funcionar, cerca de 180 pessoas já passaram por lá.

Uma dessas pessoas é o lavrador Joelino Carvalho, que está hospedado na casa porque não tem parentes na cidade, nem condições de pagar um hotel. Ele é de Ibicoara, cidade a cerca de 220 km de Vitória da Conquista, e acompanha a mãe que está internada.
“Esse acolhimento é especial, é como se a gente fosse da família. Dão tudo o que a gente precisa aqui. Parece que a gente se sente na casa da gente”, contou o lavrador sobre a experiência do acolhimento.

Na Casa da Vida são oferecidas três refeições diárias, kits de higiene para banho e guarda-roupa solidário. Além disso, o espaço conta com dormitórios feminino e masculino, que possuem capacidade para até 20 pessoas. Quem não precisa dormir também pode usar os espaço para serviços, como lavar roupas. 

Doações

 A casa não é mantida por órgãos públicos e sobrevive de doações. O projeto conta também com ajuda de voluntários, que oferecem atendimento psicológico e de ouvidoria para os familiares.

Daniel Paiva é voluntário desde que o projeto começou a funcionar. Ele, que perdeu a visão, conta que encontrou um novo sentido para a vida ouvindo as pessoas.

“Eu venho na Casa da Vida para tentar oferecer alguma coisa para essas pessoas, e saio daqui mais rico, mais engrandecido, mais privilegiado. Eu tenho mais recebido do que doado”, considerou Daniel.

Assistente do projeto, Paloma Dantas, explica a necessidade das doações para manter a casa de acolhimento.

“A gente recebe doações de alimentos e de roupa. A gente necessita, realmente, de mantenedores porque o custo da casa é alto, para a gente oferecer o conforto que a gente dá. A gente entende que, para o outro, eu tenho que fazer melhor. Para o outro, temos que dar o melhor de si, então a gente quer dar o melhor pra eles”, conclui. // G1 Bahia