Professores e servidores municipais de Vitória da Conquista entram em greve na próxima semana
A greve dos professores foi decidida em assembleia
A situação em Vitória da Conquista não é das melhores. Na próxima segunda-feira (22), professores e servidores do município entram em greve por tempo indeterminado. As duas categorias decidiram parar após tentativa de negociação com o poder público municipal, que ofereceu um percentual de reajuste zero para os trabalhadores. Sem acordo, eles decidiram, em assembleias, pela greve por tempo indeterminado.
Após a assembleia, os docentes fizeram uma manifestação na prefeitura
Os docentes estão indignados com a proposta de ‘reajuste zero’ e prometem se unir ao sindicato dos servidores em uma agenda de mobilizações com o objetivo de chamar a atenção do poder público municipal.
Da mesma forma que os servidores, logo após a assembleia, os professores foram em direção ao prédio da prefeitura, onde fizeram uma manifestação. Uma das professoras, de prenome Rose, presente na assembleia, considera absurda a decisão do gestor. “Ainda que ele se negasse a dar um reajuste pelo município, mas o do piso nacional, que é pouco mais de 7%, esse é lei, ele não pode fugir porque é um direito nosso”, afirmou.
Os servidores alegam que os secretários presentes na mesa de negociaram ironizaram ao falar de reajuste salarial, tratando os trabalhadores com pouco caso.
Em entrevista ao programa Resenha Geral, na Rádio Brasil FM, na última quarta-feira (17), o secretário municipal da transparência e controle, Diego Gomes, explicou os motivos do ‘reajuste zero’ e rebateu as críticas do sindicato sobre um suposto ‘deboche’ durante a reunião com a categoria.
“A gente vem discutindo com o servidor e fizemos a projeção. Passamos o último fim de semana analisando números, possibilidades e o que poderíamos fazer. Infelizmente, nesse momento da conjuntura atual que vivemos, o reajuste é zero. Não foi irresponsabilidade do governo, muito pelo contrário, é por respeito a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não queremos ser irresponsáveis, como disseram que iríamos atrasar salário. Alguns compreenderam errado, falando que foi um deboche”, explica Gomes.
