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Preço da gasolina cai e atinge menor valor em 8 semanas, diz ANP

Redução anunciada pela Petrobras não chegou integralmente nos postos

O preço médio da gasolina nos postos caiu na semana encerrada no sábado (11) e atingiu o menor valor em 8 semanas, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (13) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apesar da queda, a redução de preços nas refinarias, anunciada no final de janeiro pela Petrobras, ainda não chegou integralmente ao consumidor.
Segundo a pesquisa, o valor médio do litro da gasolina no país caiu de R$ 3,766 na semana encerrada no dia 3 de fevereiro para R$ 3,754 na última semana – menor média semanal desde a semana encerrada no dia 16 de dezembro (R$ 3,742). Na semana em que a Petrobras anunciou o reajuste, o preço médio estava em R$ 3,765. Em duas semanas, o recuo foi de 0,1% ou de cerca de 1 centavo por litro.
No dia 27 de janeiro, os preços da gasolina e do diesel cobrados pela Petrobras nas refinarias foram reduzidos em 1,4% e 5,1% respectivamente. Pelos cálculos da estatal, se o reajuste for integralmente repassado ao consumidor, o preço da gasolina nas bombas cairá em 0,4%, ou 2 centavos por litro. Já o valor do diesel diminuirá 2,6%, ou 8 centavos por litro.

Etanol e diesel também caem

O preço do diesel caiu pela segunda semana seguida, passando de R$ 3,112 o litro para R$ 3,101 (queda de 0,29%) – menor valor em 4 semanas. Em duas semanas, o recuo foi de 2 centavos por litro.
Já o preço do etanol caiu pela terceira semana consecutiva, passando de R$ 2,92 o valor médio do litro para R$ 2,893 (recuo de 0,93%) – menor valor em 5 semanas.
A pesquisa da ANP foi feita entre os dias 5 e 11 de fevereiro. A agência consultou 5.679 postos para calcular a média de preços da gasolina, 5.096 para o etanol e 3.547 para o diesel.Nova política de preços da Petrobras.

Nova política de preços da Petrobras

Desde outubro, a Petrobras pratica uma nova política de definição de preços dos combustíveis, com reuniões mensais para definir os valores da gasolina e do diesel cobrados nas refinarias. Na reunião anterior, realizada no dia 5 de janeiro, a Petrobras tinha aumentado o preço do diesel e mantido o da gasolina.
Na prática, o preço da gasolina e do diesel passou a flutuar como uma commodity no mercado nacional, alternando quedas e baixas, refletindo tanto os preços internacionais como também o câmbio e concorrência do mercado de distribuidores.
Na primeira reunião, em outubro do ano passado, a estatal reduziu em 3,2% o preço da gasolina e em 2,7% do diesel nas refinarias. No mês seguinte, fez uma nova redução na gasolina e diesel, respectivamente, de 3,1% e 10,4%.
Em dezembro, a empresa reverteu a tendência de queda e elevou os preços do litro da gasolina (8,1%) e diesel (9,5%). Na primeira reunião de 2017, no dia 5 de janeiro, a estatal manteve o preço da gasolina e elevou em 6,1% os valores cobrados pelo litro do diesel nas refinarias.

Composição de preços ao consumidor

Segundo a Petrobras, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, os preços cobrados nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. “Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores”, explica a estatal.
Os postos de gasolina repassam ao consumidor os custos de toda a cadeia do combustível. Além da gasolina pura comprada de refinarias, as distribuidoras também compram de usinas produtoras o etanol, que é misturado à gasolina que será vendida ao consumidor, em proporção determinada por legislação.
As distribuidoras, então, vendem a gasolina aos postos, que estabelecem o preço por litro que será cobrado do consumidor.

Fonte: G1 Bahia