Cultura Juventude Vitória da Conquista

Otto, Arnaldo Antunes e bandas locais embalam segunda noite do Festival da Juventude

Da Redação

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A diversidade da programação e o mix de culturas é a grande marca do Festival da Juventude, Ano II. A noite desse sábado, 11, por exemplo, foi bem representativa da forma como a Prefeitura de Vitória da Conquista organizou os espetáculos musicais, de modo a valorizar também os artistas locais, além dos convidados conhecidos nacionalmente.

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Logo de primeira vieram as bandas locais que foram selecionadas para o palco principal por meio do Concurso Miguel Côrtes. Na primeira atração, o grupo Hendrix Armorial trouxe de volta os solos psicodélicos do rock produzido nos anos 60 e 70. O som, bem semelhante ao original, é resultado da opção do grupo por utilizar instrumentos originais dessa época. “Foi uma oportunidade bem bacana de divulgar o nosso trabalho”, disse Daniel Oliveira, responsável pela guitarra e pelos vocais do Hendrix Armorial.

A banda Arcabuzz foi a segunda atração a se apresentar na noite de sábado. O grupo mistura funk, xaxado, rap, baião, reggae e outros estilos. “A banda é uma energia suburbana, periférica”, explica o percussionista Rodrigo Freire, que também se ocupa da direção de vídeo. Foi ele o diretor do videoclipe da canção “Menina”, com a qual a banda se apresentou no Concurso Miguel Côrtes.

O ex-Titã Arnaldo Antunes subiu ao palco da praça Barão do Rio Branco pouco antes de participar de outra atividade do festival, o “Papo de Poeta”, em que, ao lado do compositor Luiz Galvão, ex-Novos Baianos, conversou com um grande grupo de jovens sobre a arte de compor. Arnaldo elogiou a iniciativa da Prefeitura de Vitória da Conquista. “Estou achando maravilhoso”, disse.

Arnaldo Antunes brilhou no palco e colocou a multidão de fãs para dançar. Tocando clássicos de sua carreira, o público foi ao delírio ouvindo o cantor e sua banda que foi protagonista nessa noite de sábado.

Otto, a quarta atração da noite, se divertiu e divertiu o público. A sintonia que ele demonstrava com os músicos transmitia a impressão de que estava mesmo entre amigos, e que por isso se sentia totalmente à vontade. Dessa forma, sentiu-se livre para desfilar sua mistura de ritmos, mas também de subverter o cronograma original do show e enriquecê-lo com improvisos em que homenageou Reginaldo Rossi, Odair José, Jackson do Pandeiro e até o conquistense Elomar Figueira. Ao fim da apresentação, Otto não se esqueceu de citar o velho companheiro do mangue beat, Chico Sciense (1966-1997), e o vocalista da banda Charlie Brown Jr., Chorão, falecido no último dia 6 de março.

A última atração local da noite foi o grupo de reggae Complexo Ragga. Logo no início do show, foi possível atestar o porquê de o grupo possuir um dos públicos mais fiéis da cena musical da região. O vocalista Johnny Hanks fez questão de registrar sua emoção ao se apresentar, pois foi amigo pessoal do radialista e ativista cultural Miguel Côrtes, o patrono do concurso por meio do qual a Complexo Ragga e outras bandas foram selecionadas para se apresentar no festival. “É uma honra representar Vitória da Conquista na cena do reggae, do dance hall e do rap. Estamos aqui para fazer isso na maior humildade, com respeito. Estamos sem palavras por estar aqui”, disse Hanks.

Informações: PMVC

Fotos: Gabriel Oliveira/Blog da Bia Oliveira