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Política Vitória da Conquista

OPINIÃO: Votação de indicações demonstra o desprestígio e a falta de conteúdo ideológico do legislativo Conquistense

esaú

Plenário da Câmara

Do Blitz Conquista

A votação no grande expediente da sessão da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, na manhã da sexta-feira, 27, expôs a falta de conteúdos relevantes nos debates do executivo. E não há distinção entre oposição e situação. Apenas algumas falas pontuais foram proveitosas. Por sinal, os vereadores demonstraram total desprezo com os discursos dos colegas, uma vergonhosa falta de educação e cidadania. Sem contar nas queixas pós-sessão por conta de uma das falas do líder da bancada de situação.

O primeiro discurso que chamou atenção foi a do simplório vereador Edjaime Rosa, Bibia (PSDB). Ele reclamou que o governo municipal não tem atendido as suas solicitações, inclusive, não aplicando as verbas de emendas destinadas pelos seus deputados. Em toda a sua fala, o tucano praticamente declarou que o sucesso de sua legislatura estava na dependência de ações do Governo Municipal, o qual ele faz oposição.

Confuso foi Álvaro Pithon (DEM), afirmando que os problemas concernentes a Embasa não são da atual gestão, mas da administração anterior. Aproveitando o tropeço de Álvaro, o petista Florisvaldo Bittencourt o beliscou dizendo que a gestão anterior era a que Álvaro apoiava. O legislador rebateu com a conversa sobre os responsáveis pela construção das barragens.

Arlindo Rebouças (PROS), como sempre, não poupou o uso de adjetivos para desqualificar o Governo. Mais uma vez ele se distanciou do discurso ideológico e partiu para as palavras de efeito, quase chulas, que satisfazem os antipáticos a qualquer flerte com ideias socialistas. Não mais que isso.

O vereador da educação, Coriolano Morais (PT), preferiu não entrar em polêmicas e explanou sobre a Seção especial sobre a Campanha da Fraternidade.

Mas, o debate que roubou a cena da plenária foi a votação das indicações no grande expediente. Além das homenagens e Moções, a maioria delas fazia referência a limpeza e retirada de matos em diversas áreas da cidade. Aproveitando a situação, Arlindo “jogou para ver se colava”, sugerindo transformar todas as indicações numa única: fazer a limpeza e retirada do mato em toda cidade. Foi o bastante para Florisvaldo baixar a guarda com seu fiel rival e deixar claro que está rancoroso com o que se pode chamar de desprestígio junto ao Governo. O Petista deixou de lado o seu papel de líder da bancada e endossou o discurso de Arlindo, dizendo que ele concordava com a proposta por que acreditava que se todos assinassem as indicações ele teria uma de suas solicitações atendidas.

O tranquilo Valmir (PT) interveio e equilibradamente argumentou que a indicação, como sugerida por Arlindo, não tinha sentido. Posteriormente, Júlio Honorato (PT) arrematou dizendo que ele se preocupava com o objetivo individual das indicações e disse que muitos colegas estavam fazendo indicações de ações que já estão sendo executadas pelo Governo, ou seja, vereadores estariam “pongando” naquilo que não era de suas iniciativas.

A posição de Florisvaldo deixou desconfortáveis os membros da bancada de situação e massageou o ego dos oposicionistas. No frigir dos ovos, o que se pode observar é a falta de uma estratégia inteligente de ambos os lados. O que tem resultado em debates “imbecil e idiota” – palavras muito pronunciadas pelo líder da bancada de oposição – que de nada contribuem para todo e qualquer tipo de desenvolvimento do Município.

Até quando Conquista terá um legislativo que se destaca apenas nas homenagens e moções de aplausos e as discussões ficam no âmbito dos discursos nas Seções Especiais?

Vale lembrar que temos vereadores inteligentes e capazes de contribuir com a cidade, mas, enquanto preferirem as discussões rasas e medíocres, a cada sessão a imagem do legislativo corroerá.