Vitória da Conquista

Lojistas fazem carreata pedindo urgência na reabertura do comércio para evitar demissão em massa

Carreata saiu do Bosque da Paquera e seguiu rumo ao Centro da cidade

Insatisfeitos com o fechamento do comércio pela terceira semana consecutiva, vários comerciantes de Vitória da Conquista fizeram uma carreata na manhã desta terça-feira (14), em protesto contra o decreto do prefeito Herzem Gusmão Pereira que decidiu manter o isolamento social para evitar o aumento dos casos de coronavírus no município. Com cartazes colados aos veículos e um carro de som, a carreata a saiu do Parque de Exposições Teopompo de Almeida e seguiu rumo ao Centro da cidade.

Essa é a segunda carreata realizada pelos comerciantes na cidade desde que o comércio foi fechado. Eles alegam que não há condição de manter os funcionários e de as lojas sobreviverem economicamente se o comércio permanecer fechado. Os lojistas, com apoio da presidente da CDL, Sheila Lemos, tentaram dialogar com a administração municipal, que, na semana passada, cedeu ao apelo e fez um decreto permitindo a abertura das lojas, mas acabou revogando o decreto, por causa do posicionamento da Câmara Municipal, do Conselho Municipal de Saúde e da pressão popular.

Os comerciantes têm usado as redes sociais para mostrar a insatisfação da categoria com as medidas adotadas pelo poder público, alguns afirmam que vão promover demissões em massa, pois estão com dificuldades para pagar as contas, inclusive os salários dos funcionários. Eles também criticam o fato de alguns setores, como os bancos e as lotéricas, estarem funcionando normalmente, inclusive com aglomeração de pessoas. “Por que não observam isso, as pessoas não estão isoladas, elas estão circulando, oriente os lojistas a adotarem as medidas de segurança e nos deixe trabalhar, porque em breve teremos a maior crise econômica da história, comércio quebrado, pessoas desempregadas, passando fome, aumento do número de pedintes, vamos demorar mais de dois anos para nos recuperarmos dessa crise”, disse um comerciante da cidade, cujo nome pediu para não ser divulgado.

“Não estou falando como representante da categoria, estou falando como um lojista indignado com as interdições e ameaças feitas pela prefeitura em algumas lojas do comércio, não foi o meu caso, mas o de amigos que vão ter dificuldade de ser reerguerem, o comércio conquistense está de luto, vamos ter lojas fechadas, desemprego em massa. Entendemos que a vida é mais preciosa, porém se os bancos e as lotéricas estão abertos, por que não as lojas?”, concluiu.