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Política Vitória da Conquista

Jornalista Giorlando Lima analisa pesquisa para eleição a prefeito em Vitória da Conquista

A primeira interpretação possível é de que, outra vez, a eleição de prefeito em Conquista caminha para ter segundo turno

A primeira interpretação possível é de que, outra vez, a eleição de prefeito em Conquista caminha para ter segundo turno

Um levantamento realizado há pouco mais de duas semanas veio confirmar duas coisas já conhecidas do cenário pré-eleitoral em Vitória da Conquista: Herzem Gusmão (PMDB) está à frente e o PT e o governo municipal continuam tendo em José Raimundo (PT) a sua opção mais forte, a única viável até agora. E traz uma boa notícia para quem temia que a disputa política não pudesse­­­­­ sair da dicotomia Herzem x PT: o deputado Fabrício Falcão (PCdoB) aparece, em todos os cenários factíveis, com mais de 15%, chegando a 19% e a 31,7%, em simulações com José Raimundo e Herzem Gusmão fora da disputa.

A primeira interpretação possível é de que, outra vez, a eleição de prefeito em Conquista caminha para ter segundo turno. A outra é que Fabrício se confirma como candidato competitivo e, se o grupo governista,  a que se chama de situação, não encontrar, em conjunto, um modo de ampliar os números de seus pré-candidatos, pode mesmo acontecer a profecia feita por Herzem Gusmão de que a disputa no segundo turno pode ser dar entre ele e o comunista, com o PT de fora.

Mas, para isso, o PCdoB terá que encher o seu caminhão de areia. Ou seja, aglutinar partidos, atrair candidatos a vereador com força eleitoral e obter tempo de TV e rádio, para tentar passar de 3 minutos de propaganda, tempo mínimo para poder apresentar suas propostas e mostrar-se superior aos adversários. Pelo lado da oposição, considerando que Fabrício está no centro, vai ser necessário definir logo sobre quem concentrar as atenções e os esforços. Por enquanto, além de Herzem, há outros dez nomes, todos, pelo menos por enquanto com pouquíssima condição objetiva para fazer frente ao PT.  Se a oposição continuar confiando nesse discurso de que o PT morreu e que a vitória contra Guilherme é certa, pode, ainda, dar com os burros n’água.

Pelos números da pesquisa Babesp, feita entre os dias 9 e 11 deste mês, há vários cenários de disputa. Começando pela resposta espontânea, em que o entrevistado diz em que pensa votar, sem a apresentação de qualquer nome. Herzem sai na frente com 7,83%, seguido de Guilherme, com 4%, José Raimundo com 2,5%, Fabrício 0,67%, Odir (PT) 0,33%, Waldenor 0,33%. ACM, Carlos Teles, Aécio, Jesus Cristo e Alguém da Oposição, cada um com 0,17%. Os indecisos somaram 78,17%.

Quando as questões partem para as respostas estimuladas, o primeiro cenário traz Herzem Gusmão com 44,7%, José Raimundo com 20,7% e Fabrício Falcão com 15,3%. Também foram colocados os nomes de Marcelo Melo (DEM) e Odir Freire (PT), cada um ficou 0,8%. Os que anulariam são 8% e indecisos 9,7%.

O segundo cenário traz os mesmos nomes, acrescentando ao de Odir a expressão Candidato de Guilherme. Os números variaram pouco e ficaram assim: Herzem – 45,2%, José Raimundo – 20,5%, Fabrício 15,2%, Odir Candidato de Guilherme – 1,8% e Marcelo Melo – 0,7%.

Em uma disputa apenas com os três nomes mais fortes, Herzem Gusmão teria 45,5% dos votos, segundo a pesquisa Babesp; José Raimundo em segundo, com 21,0% e Fabrício com 15,4%. Os que anulariam chegam a 8,2% e os indecisos a 9,8%.

O Babesp também fez uma simulação tirando José Raimundo e colocando Odir, apresentando o secretário municipal de Agricultura como o Candidato de Guilherme. Neste cenário, Odir vai a 6,3%, Fabrício fica com 19% e Herzem sobre para 46,3%. Nulos vão a 9,7% e indecisos sobem vertiginosamente, na ausência de José Raimundo, para 18,7%.

O último cenário prevê a ausência de Herzem da disputa. Neste caso, segundo o Babesp, a vitória seria de Fabrício, com 31,7%, segundo por Marcelo Melo com 7,8% e Odir Candidato de Guilherme com 6,8%. Os que disseram não saber a resposta foram 41,5% e 12,2% disseram que anulariam o voto.

QUADRO JÁ ESTAVA COMPLICADO

Em uma pesquisa anterior, feita pela P&A em junho e divulgada com quase um mês de atraso, os dois nomes conhecidos do PT, o deputado estadual e ex-prefeito José Raimundo e o vereador Cori Morais, apareciam com números próximos de 19% e 10%, respectivamente, a depender do cenário. À frente, variando de 37% a 41%, o também deputado e radialista Herzem Gusmão. Fabrício Falcão, outro deputado, ficava em torno de 9% das intenções de voto dos conquistenses entrevistados.

Conhecedor de resultados de outras pesquisas feitas no município, o PCdoB tratou logo de estipular uma meta: passar dos 10% até setembro. Para isso, deixou o governo municipal e. em busca de parceiros para a jornada, passou a se articular como e com a oposição, embora de modo comedido, sem ataques ao prefeito, a não ser uma outra alfinetada referente a valorização, desgaste, etc. O prefeito Guilherme, por sua vez, continuou resistente a assumir a candidatura de José Raimundo, descartou Cori e colocou no cenário o nome do secretário de Agricultura, seu amigo de longas datas, Odir Freire, considerado um grande técnico, mas, ainda sem o que se chamava de “cancha política”.

Quanto ao PT, lá ninguém é menino e todos sabem que há pouco tempo para fortalecer um nome que seja capaz de superar José Raimundo na aceitação popular. Não apenas pelas virtudes de José Raimundo, mas pela exiquidade de tempo e por notórias dificuldades que não são exclusivas do PT local. Não é impossível apresentar e construir um nome, isso pode acontecer, mas considerando o cenário nacional, o desgaste do partido e seus reflexos sobre a administração municipal, será muito mais difícil. E já tem gente aconselhando o prefeito de que não é bom fazer experimentos no terreno movediço da disputa, já estando tão perto da campanha.

Fonte: Blog do Rodrigo Ferraz