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Estratégias ajudam a alavancar as vendas online

Isadora usa as redes sociais para divulgar a loja

De acordo com uma pesquisa realizada em 2017 pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), o faturamento total do e-commerce no Brasil ficou em torno de R$ 60 bilhões. Mesmo com essas informações de crescimento, é preciso saber que para conseguir impulsionar sua loja virtual é necessário passar por várias etapas, cada uma com seu grau de complexidade, mas, com uma boa estratégia, é possível obter sucesso nas vendas.

O desafio de todo negócio, seja físico ou online, é manter as contas equilibradas, e o “custo com transporte é ainda muito alto” e atrapalha todo o processo com logística, pois entregar um pedido ou enviar um produto fora de prazo é certeza de perder o cliente, afirma Maurci Júnior, diretor da Abcomm.

Segundo ele, trabalhar na área de e-commerce é bastante promissor, mas ainda esbarramos com os problemas de falta de mão de obra qualificada.

Pequenos negócios

De acordo com o analista técnico do Sebrae Eduardo Garrido, num relatório realizado pelo Sebrae em parceria com outras instituições em 2018, os pequenos negócios correspondem a 75% de todos os negócios virtuais no Brasil, mostrando um impacto na relevância das micro e pequenas empresas e considerando a participação conjunta entre e-commerce e lojas físicas; e a Bahia ocupa o sétimo lugar como o destino das vendas.

Nesse mesmo relatório, descobriu-se que o Sudeste ocupa 58% da presença em e-commerce e o Nordeste ocupa apenas 12% de participação; os segmentos de moda e casa/decoração são os de maior presença.

Foi com o intuito de complementar a renda que Bruna Morais, dona da Brullée (@brulleeconfeitaria), passou a fazer doces para vender na faculdade e no estágio e, à medida que os pedidos começaram a aumentar, ela sentiu que deveria fazer um perfil nas redes sociais só para essa atividade, para fazer propaganda e divulgação.

Segundo a confeiteira, antes a divulgação de seus produtos era feita na sua conta pessoal. Depois disso, ela percebeu que precisava profissionalizar o seu negócio, separando seu perfil pessoal do profissional nas redes sociais.

Bruna revela que o começo foi difícil e demorou muito a dar conta da rotina diária de ter que administrar o perfil, saber os horários certos para fazer as postagens, quando atualizar e perceber como o público se identificava e percebia seus produtos.

Ela conta que é preciso ter criatividade, agilidade para responder e interagir com o cliente, pois ele espera respostas imediatas, muito capricho com as coisas. “As pessoas consomem primeiro com os olhos, a partir do visual, com planejamento e organização”, diz Bruna.

As redes sociais também são a principal maneira de divulgação para Isadora Alves, dona da Com amor, Dora (@comamordora), que confecciona acessórios, que faz postagens dos produtos todos os dias, além de ensaios e fotos bem feitas para o cliente saber da preocupação que ela tem com a marca. “Divulgava também para as clientes usando as peças ou com modelos e inspirações. Tentando deixar o produto desejável de alguma maneira”, diz ela.

Isadora conta que decidiu montar seu negócio online por conta da clientela formada por mulheres jovens, mais alternativas, que inicialmente eram suas amigas que moram em São Paulo, e seu maior desafio é captar novos clientes.

Para prestar um bom atendimento no mundo online, é preciso ter algumas qualidades, como saber lidar com o cliente, ter bom diálogo, entender as necessidades que mais se encaixam com o seu público. “Um bom atendimento é essencial”, afirma. //A Tarde