Curiosidades Sem categoria

Curiosidade: Transexualidade é considerado distúrbio mental pela OMS

Foto: Reprodução

Transexualidade é a condição considerada pela OMS como um tipo de transtorno de identidade de gênero, mas pode ser considerada apenas um extremo do espectro de transtorno de identidade de gênero. Refere-se à condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente da designada ao nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto. Usualmente, os homens e as mulheres transexuais apresentam uma sensação de desconforto ou impropriedade de seu próprio sexo anatômico e desejam fazer uma transição de seu sexo de nascimento para o sexo oposto (sexo-alvo) com alguma ajuda médica (terapia de reatribuição de gênero) para seu corpo. A explicação estereotipada é de “uma mulher presa em um corpo masculino” ou vice-versa, ainda que muitos membros da comunidade transexual, assim como pessoas de fora da comunidade, rejeitem esta formulação.

Na França, deixou de ser considerada como transtorno mental em 2010 e foi o primeiro país a tomar esta decisão. A Organização Mundial da Saúde (OMS), está muito próxima de deixar de ser uma doença. Na nova versão da lista de doenças que orienta a saúde em todo o mundo, a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças), editada pela organização, deverá eliminar o espectro da identidade de gênero da lista de enfermidades. Vários comportamentos tidos hoje como transtornos, como o sadomasoquismo e o travestismo fetichista, serão varridos da CID. Outros, como a transexualidade, mudarão de categoria. Os transexuais, por exemplo, ganharão um novo capítulo, longe das doenças, que deve reunir outras “condições relativas à sexualidade”, ainda a serem definidas. A ordem é “despatologizar” o sexo. “Comportamentos sexuais que são inteiramente privados ou consensuais e que não resultem em danos às outras pessoas não devem ser considerados uma condição de saúde. Não há razão para isso”, disse à Folha Geoffrey Reed, diretor de saúde mental da OMS. A questão, porém, é complexa. Existe o temor de que ao, perder a classificação de doença, esses comportamentos deixem de ser cobertos pelos sistemas de saúde. No Brasil, por exemplo, os transgêneros têm direito a cirurgias de mudança de sexo e outras terapias no SUS.