Movimentos Sociais Vitória da Conquista

Críticas ao governo Bolsonaro e reforma da Previdência marcam Marcha das Mulheres

Centenas de mulheres se uniram pela garantia dos direitos femininos

Com o tema “Pela vida das Mulheres, em defesa das liberdades democráticas e contra a reforma da previdência” centenas de pessoas, a grande maioria de mulheres, seguiram por ruas, avenidas e prédios públicos de Vitória da Conquista, na 4ª Marcha das Mulheres, com críticas e protestos aos governos municipal e federal e contra a reforma da Previdência.

O ato, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, teve início às 8h30 na Praça Barão do Rio Branco, seguindo em direção à Prefeitura, Câmara Municipal e sede regional do INSS. De acordo com os organizadores, mais de 50 entidades, entre elas sindicatos, ONGs e coletivos, participaram do ato.

Vereadoras Márcia Viviane e Nildma Ribeiro participaram da Marcha

Em discurso na Câmara Municipal, a vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) frisou que o 8 de Março é um dia de luta das mulheres, de sair às ruas reivindicando direitos.

Ela explicou que aderiu à Marcha das Mulheres porque é uma luta que busca melhores condições para as mulheres, o fim de todos os tipos de violência, sobretudo o feminicídio. A parlamentar agradeceu a acolhida da Câmara ao manifesto da marcha.

A vereadora Viviane Sampaio (PT), por sua vez, destacou que a lutas das mulheres é política e social. Ela afirmou que é importante a Casa receber o manifesto e as organizações que promovem a Marcha.

“Nós que estamos aqui não somos convidadas para estar no movimento das mulheres. Nós, enquanto mulheres, temos o direito e a obrigação de nos fazermos presentes. Nós não precisamos esperar sermos convidadas. Nós precisamos conquistar os nossos espaços, que são espaços de luta, de conquistas, de reivindicações e espaços de resistência”, reforçou.

Mulheres entregaram manifesto ao presidente da Câmara, vereador Luciano Gomes

Na tribuna da Câmara, a presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (Simmp),  Ana Cristina Novais apresentou reivindicações do movimento à Casa.

Em seu discurso, Ana salientou que várias mulheres da zona rural estavam presentes e destacou que as condições das estradas e escolas rurais estão precárias.

Ela também se manifestou contra a Reforma Trabalhista do governo Michel Temer e contra a Reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro, as quais ela considerou serem prejudiciais para as mulheres. Ainda em sua fala, a sindicalista criticou as ações da Prefeitura que, segundo ela, “prejudicaram as mulheres e retiraram direitos no ano passado”.

As participantes da marcha entregaram um manifesto em nome das mulheres trabalhadoras do campo e da cidade, o qual também foi entregue à Prefeitura Municipal, ao Banco do Nordeste e à Gerência do INSS. “Não é um papel para ser guardado, se fosse, seria entregue em branco”, comentou a representante.

A inspiração para a criação da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) partiu de uma manifestação realizada em 1995, em Quebec, no Canadá, quando 850 mulheres marcharam 200 quilômetros, pedindo, simbolicamente, “Pão e Rosas”.

No final dessa ação, diversas conquistas foram alcançadas, como o aumento do salário mínimo, mais direitos para as mulheres imigrantes e apoio à economia solidária. //Sudoeste Digital