Warning: Use of undefined constant URL_CAMARA - assumed 'URL_CAMARA' (this will throw an Error in a future version of PHP) in /home/storage/0/0b/d8/blogdabiaoliveir1/public_html/wp-content/themes/bia2019/functions.php on line 29
Agricultura Vitória da Conquista

Comunidade de Campo Formoso promove VI Festa da Farinha

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Entre os dias 27, 28 e 29 de dezembro será realizado no Povoado de Campo Formoso, Distrito de Iguá, a VI Festa da Farinha. Embora realizada pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, o evento tem caráter regional, abrangendo também produtores dos municípios de Cândido Sales e Belo Campo.

A produção de farinha é uma das maiores geradoras de emprego e renda da região. Segundo o coordenador da Secretaria de Agricultura e organizador da festa, Noeci Salgado, os três municípios possuem cerca de 400 unidades produtoras de farinha, gerando mais de cinco mil empregos diretos. Nos dois últimos anos, a região teve uma queda de 60% na produção, em virtude da seca que assola toda a região Nordeste do país. “Tínhamos uma produção de 70 sacos de farinha de 50 quilos por hectare, mas houve queda na quantidade e na qualidade do produto, pois a seca acaba adoecendo as raízes e afetando a qualidade da nossa farinha”, afirma o coordenador.

Festa da Farinha 2011. Foto: Reprodução

Festa da Farinha 2011. Foto: Reprodução

HISTÓRICO: A cultura da mandioca e seus derivados é de grande relevância econômica e social, como fundamental fonte de carboidratos para milhões de pessoas, essencialmente nos países em desenvolvimento.

É importante para promoção da segurança alimentar e nutricional, a mandioca e seus subprodutos são a principal fonte de alimentação para os agricultores familiares e para milhões de nordestinos, além de ser uma importante fonte alimentar para os animais e de renda para as famílias produtoras, que para aumentar a sua renda vendem o excedente da produção.

Neste contexto os municípios de Vitoria da Conquista, Belo Campo e Cândido Sales se destaca como os maiores produtores de raízes de mandioca do Nordeste do Brasil, segundo dados levantados pelo Cooapasub Cooperativa Mista Agropecuária dos Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia, em 2011 existia nos três municípios cerca 360 unidades produtoras de farinha e derivados que geravam de 15 a 18 empregos diretos em cada uma, algo em entorno 5.400 empregos e destes 3.240 eram mulheres que faziam um dos serviços mais importantes que é a raspagem da mandioca e recebia de R$ 18,00 a R$ 25,00 por dia trabalhado, em torno de R$ 450,00 por mês, que segundo elas ajudavam no complemento da renda familiar, a situação hoje é diferente, a maioria destas unidades produtoras de farinha estão fechadas ou operando parcialmente com metade da sua capacidade produtiva e metade da mão obra empregada, as mulheres perderam 1.440( um mil e quatrocentos e quarenta postos de trabalho), mesmo assim elas mantem a maioria dos empregos gerados.

As causas desta situação? É que desde de 2010 a região Sudoeste está enfrentando um longo período de seca, causando uma uma perda e diminuição da área de mandiocais plantados, junta-se a este fator as doenças** jovens e principalmente das mulheres que estão migrando para procurar trabalho no comercio ou em casas de famílias em Vitoria da Conquista da Conquista e em cidades próximas de seus locais de moradias.

A festa farinha possibilita a realização eventos culturais, formativos facilita a mobilização, a organização das agricultoras(es) familiares para juntos buscarem saídas para os problemas da cadeia produtiva da mandiocultura do Território do Sudoeste da Bahia. Quais foram as causas desta situação: Seca prolongada, doenças nos mandiocais, uso indiscriminado de herbicida para limpeza de ervas prejudiciais aos mandiocais,falta de tecnologias apropriada, adubação, correção do solo, falta de rotatividade de sementes e culturas, assistência técnica.

A baixa produção de farinha e derivados e a diminuição da renda familiar estão causando a migração da juventude e de boa parte da força de trabalho produtora de mandioca para a industria da construção civil, comercio ou em casas de famílias, o que nos mostra um revés do processo de interrupção do êxodo rural, desde do primeiro governo Lula.