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Mundo

Baiana relata clima de terror em Bruxelas após ataques

Logo após os ataques, o governo belga elevou ao nível máximo o alerta para novas ações terroristas

Logo após os ataques, o governo belga elevou ao nível máximo o alerta para novas ações terroristas

Os atentados terroristas na cidade de Bruxelas, na Bélgica, deixaram 34 mortos e dezenas de feridos na manhã desta terça-feira, 22. A fotógrafa baiana Alice Ramos, que mora na cidade, contou ao Portal A TARDE que, por conta dos ataques, o transporte público foi interrompido, assim como as escolas foram fechadas. As entradas para o centro da cidade também foram bloqueadas. “Há polícia por todos os cantos de Bruxelas”, afirmou ela.

Ela contou ainda que soube das explosões quando estava fazendo compras no supermercado. Logo depois, ela recebeu uma mensagem pelo celular da escola dos filhos, informando que as crianças deveriam ser retiradas da unidade. Assustada, ela foi até a escola e pegou os filhos. “Tive que fazer um percurso por fora do centro para pegar meus filhos”, relatou.

Apesar de morar no bairro de Auderghem, a 25 minutos do centro, o clima de terror é grande. “Ao saber do atentado, as pessoas se abraçaram e começaram a chorar”, disse ela, informando que a família está bem e que agora todos estão em casa.

Bomba silenciosa

Ela, que mora em Bruxelas há seis anos com os dois filhos e o marido belga, relatou ainda que uma amiga, a jornalista Samla da Rosa, estava no metrô no momento do ataque. “Ela nos relatou que uma bomba estava dentro do metrô e que, por conta da explosão, os vagões ficaram destruídos”, contou Alice, informando que a amiga, apesar do susto, estava bem.

Em seu perfil no Facebook, a jornalista contou que “o trem já havia dado partida da estação Maalbec. Tudo se passou muito rápido. A explosão foi surda e só nos demos conta que estávamos no meio de um atentado quando os vidros das janelas caíram sobre nossas cabeças e vimos fogo do lado de fora do trem, além de vermos trilhos destruídos”.

Ela relatou também que as pessoas que estavam no vagão atrás do dela ficaram bastante feridas. Samla disse que a fumaça provocada pela explosão atrapalhava quem queria sair da estação. “Alguém reagiu e gritou que tínhamos que sair dali porque íamos morrer sufocados pela fumaça. Pouco a pouco começamos a pular a janela do trem, protegendo o nariz para não respirar aquele ar sufocante. As portas estavam bloqueadas. Quando saí dei-me conta que haviam muitos feridos, os outros vagões de trás do nosso estavam destruídos”.

Para finalizar o relato, a jornalista informou que, quando conseguiram sair da estação, “a polícia começou a chegar e logo fomos cercados por ambulâncias. Muitos feridos, gente queimada e um braço solto na calçada que jamais esquecerei”. Antes de sair do vagão, Samla ainda fez algumas fotos da tragédia e das pessoas saindo no meio da fumaça.

Aeroporto

Além do ataque na estação de metrô de Maelbeek, houve também uma explosão no aeroporto de Zavetem, próximo a Bruxelas, por volta das 8h15 (4h15 de Brasília). Várias pessoas morreram também neste atentado. Algumas outras ficaram feridas, como o ex-jogador de basquete Sebastien Bellin. Ele recebeu atendimento e o estado de saúde não foi divulgado.

Segundo o promotor federal da Bélgica, Frederic Van Leeuw, foram registrados três explosões. Ele informou ainda que um dos ataques “foi provavelmente cometido por um suicida”.

Alerta máximo

Logo após os ataques, o governo belga elevou ao nível máximo o alerta para novas ações terroristas. A medida acontece porque as explosões ocorrem quatro dias depois da prisão de Salah Abdeslam, apontado como membro dos ataques em Paris (França). Estes ataques, em novembro do ano passado, deixaram 130 mortos.

Horas depois do atentado, o Estado Islâmico, também responsável pelos ataques em Paris, reivindicou a autoria da tragédia desta terça. Em uma mensagem transmitida por uma plataforma  conhecida como Telegram Messenger, semelhante ao WhatsApp, o grupo informou que “combatentes do Estado Islâmico realizaram uma série de explosões de cintos com bombas e outros aparatos nesta terça-feira, tendo como alvo um aeroporto e uma estação de metrô no centro da capital da Bélgica, Bruxelas, um país que participa da coalizão internacional contra o Estado Islâmico”.

Fonte: A Tarde