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Reportagens UESB Vitória da Conquista

50 ANOS DO GOLPE: Palestras, oficinas e exibição de documentário relembram a ditadura militar

Fotos: Gabriel Oliveira

Fotos: Gabriel Oliveira

POR GABRIEL OLIVEIRA

Para selar as reflexões sobre o período mais sangrento da história do Brasil, o Programa de Educação em Direitos Humanos (PEHD) da Uesb realizou, durante todo o dia desta segunda (31), no campus de Vitória da Conquista, diversas atividades, com a parceria da Comissão Municipal da Verdade e de movimentos sociais locais, que desenvolveram palestras, visita orientada ao Museu Pedagógico de Vitória da Conquista, debates e exibição de documentário.

Atividades realizadas nesta segunda-feira contaram com a presença de presos e torturados pela ditadura militar

Atividades realizadas nesta segunda-feira contaram com a presença de presos e torturados pela ditadura militar

O dia 31 de março é emblemático na história do Regime. Foi naquela terça-feira do ano de 1964 que tropas militares de Minas Gerais e São Paulo tomaram as ruas, o que ocasionou a fuga do então presidente João Goulart (Jango) para o Uruguai. Os militares estavam no poder, por meio de força imposta, com o apoio de oligarquias conservadoras contrárias à realização de reformas no Estado brasileiro e sob o pretexto de que era necessário conter o avanço de forças antidemocráticas comunistas.

O Golpe Militar em Conquista e região

A mão de ferro da Ditadura não pesou somente nos principais eixos políticos do território brasileiro. Em Vitória da Conquista, como em todo o sudoeste da Bahia, os pequenos camponeses, os movimentos sociais e os sindicatos foram perseguidos e lançados à ilegalidade, como forma de coibir qualquer possibilidade de contestação. E mais: para além da expressa cassação à liberdade individual e coletiva, o regime custou sonhos, anseios e vidas, como a de Dinaelza Coqueiro e tantos outros que ousaram dizer não às oligarquias e aos militares, seus mantenedores.

Quando a Ditadura Militar eclodiu no Brasil, o prefeito de Vitória da Conquista era José Fernandes Pedral Sampaio, que foi de imediato destituído do cargo e chegou a ser preso. Esse episódio, lembra a professora Rita de Cássia Mendes, do Departamento de História (DH) da Uesb, que participou da mesa de abertura do evento, chegou a ser festejado por alguns setores da elite conquistense. “Muitas vezes, a gente costuma criticar a grande imprensa pelo apoio ao Golpe, mas não podemos nos esquecer que, no plano local, nós tivemos veículos de comunicação que se prestaram a divulgar e a difundir os ideais dos golpistas. No nosso caso particular de Vitória da Conquista, o jornal ‘O Sertanejo’”, emendou, ao explanar sobre algumas das linhas de pesquisa sobre a Ditadura Militar do Laboratório de História Social do Trabalho (Lhist) da Uesb, sob sua coordenação.

Texto: Patrício Ribeiro/Ascom UESB adaptado