Bahia Greve

Vigiliantes da UFBA anunciam greve por tempo indeterminado

Um novo ato está marcado para às 8h desta quarta-feira, 28, em frente ao prédio da instituição

Os vigilantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) iniciaram nesta terça-feira, 27, uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembléia realizada na portaria principal do campus de Ondina.

A universidade tem uma dívida de R$ 15 milhões com o Grupo MAP, empresa responsável pela prestação de serviços terceirizados dos 380 vigilantes que trabalham na instituição de ensino.

O Sindicato dos Vigilantes da Bahia (Sindvigilantes) informou que um novo ato está marcado para às 8h desta quarta-feira, 28, em frente ao prédio da instituição no Campus do Canela.

Por meio de nota, a UFBA comunicou que a dívida com a empresa ocorreu pela”grave situação orçamentária atravessada pela universidade, através de sucessivas gestões junto ao Ministério da Educação, visando à liberação dos recursos contingenciados e dos 30% de seu orçamento bloqueados pelo governo federal”.

Buscando manter as aulas durante o período da paralisação, a universidade solicitou que seja mantido o contingente de 30% da equipe, conforme prevê a legislação. Além disso, a Polícia Militar está reforçando a ronda no entorno dos campus. A UFBA também informou estar avaliando alternativas para manter a segurança dos alunos. Na manhã desta terça, as aulas aconteceram normalmente.

Nota da UFBA na íntegra:A Universidade Federal da Bahia está ciente da paralisação por tempo indeterminado dos profissionais da vigilância, deflagrada hoje, dia 27 de agosto, e mantém diálogo com a MAP – na busca de alternativas para reduzir as pendências financeiras – e também com o sindicato da categoria. A administração da UFBA, visando à segurança da sua comunidade, solicitou que seja mantido o contingente de 30% da equipe, conforme prevê a legislação pertinente. A Polícia Militar foi alertada e já está reforçando a ronda no entorno dos campi.

A Reitoria tem buscado solucionar a grave situação orçamentária atravessada pela universidade, através de sucessivas gestões junto ao Ministério da Educação, visando à liberação dos recursos contingenciados e dos 30% de seu orçamento bloqueados pelo governo federal. Esse quadro afeta diretamente a vida dos membros de sua comunidade, entre eles os trabalhadores terceirizados, dificultando a instituição de permanecer em dia com os pagamentos a seus fornecedores.

Neste cenário de dificuldades, a ação da administração central da UFBA não se resume a gestões junto ao MEC. Também se traduz em um significativo esforço para contenção de despesas, o que implica prejuízo às atividades da instituição, mas que tem como prioridade absoluta garantir o funcionamento da universidade, preservando o essencial do nosso ensino, pesquisa e extensão. //A Tarde