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Uma em cada quatro empresas do setor de serviços avalia demitir, segundo FGV

Uma em cada quatro empresas do setor de serviços avalia demitir ou até encerrar as atividades quando se encerrar o período de vigência dos programas emergenciais relacionados à manutenção do emprego do governo federal, de acordo com sondagem realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. A informação é da Folha.

Entre as empresas que adotaram medidas como redução de jornada e salário ou suspensão temporária de contrato, 55% dizem que vão fechar ou não conseguirão assumir totalmente a folha de pagamento.

A pesquisa também aponta que, entre todos os setores pesquisados (indústria de transformação, comércio, serviços e construção), metade das empresas não adotou medidas de proteção ao emprego, enquanto outras 35% adotaram e dizem que podem agora assumir a folha integralmente.

O levantamento mostra que há uma correlação, em quase todos os segmentos, entre procura por esse e outros programas governamentais lançados durante a pandemia, dificuldade de voltar a pagar tributos e de assumir novamente os custos da folha de pagamento.

O percentual dos que vão demitir é maior em três segmentos: alimentação (39%), alojamentos (34%) e transporte rodoviário (37%). Outros setores de destaque são a indústria de bens duráveis (31,7%), o que inclui as montadoras de veículos (27%), e o segmento da construção civil de edificações não residenciais, devido à paralisação em obras de infraestrutura.

Os percentuais de quem espera demitir são menores na indústria de alimentos e nos hiper e supermercados, que foram menos afetados pela pandemia. O índice é de cerca de 5% em ambos. A expectativa de demissões também é mais baixa no segmento de edificações residenciais (6%), que tem mantido o ritmo de produção durante a crise.

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