Cultura

Tom Zé é eleito imortal da Academia Paulista de Letras

Mais um baiano importante vai ocupar a cadeira da Academia de Letras. Desta vez, o cantor Tom Zé foi eleito, nesta quarta-feira (28), membro da Academia Paulista, com 32 votos dos 35 participantes presentes.

Natural de Irará, Antônio José Santana Martins, compositor, músico e ecologista, o baiano Tom Zé vai ocupar a cadeira n° 33, a mesma que o eterno Jô Soares ocupou durante anos. Além do artista, outros baianos também ocupam a Academia de Letras, como Gilberto Gil e Maria Bethânia.

Atualmente, o artista mora na Zona Oeste de São Paulo e conseguiu se consagrar após sair da Bahia e tentar a vida fora do nordeste. Com isso, virou um dos artistas mais importantes da MPB e da Tropicália. Em 2022, Tom Zé lançou o álbum “Língua Brasileira”, obra que tem pesquisa teatral, letras, antropologia e outras disciplinas.

Para o cantor, foi uma surpresa ser chamado para ocupar a cadeira que era de Jô Soares. “Quando me falaram que eu ia ser candidato, eu de princípio tomei um susto natural. Mas, depois, quando eu comecei a conversar com uma ou outra pessoa, eles davam apoio me incentivando. (…) O respeito que eu tenho pela figura que Jô foi nesse mundo civilizado”, disse em entrevista ao Portal G1..

O presidente da Academia Paulista de Letras, José Renato Nalini, reforçou a importância de Tom Zé para a instituição. “Para ele, estar na Academia Paulista também simboliza a relação intrínseca que tem com São Paulo: “Eu sou o compositor que mais fez músicas falando de São Paulo. Então eu fui mesmo absorvido pela cidade”, comentou.