Warning: Use of undefined constant URL_CAMARA - assumed 'URL_CAMARA' (this will throw an Error in a future version of PHP) in /home/storage/0/0b/d8/blogdabiaoliveir1/public_html/wp-content/themes/bia2019/functions.php on line 29
ENEM

Técnicas de Redação I: Redação, o que fazer para ter sucesso

Dicas de redação

Obter nota máxima na REDAÇÃO é um sonho para todo candidato, mas nem sempre esse desejo se transforma em realidade. Segundo o professor José Carlos Dutra do Carmo, site www.sitenotadez.net, “muitas vezes se tira nota baixa em REDAÇÃO por causa de erros gramaticais bobos, tolos e inadmissíveis”.

Com base no material disponibilizado pelo professor, apresentamos algumas dicas que o ajudará a dar conta dessa importante demanda. As técnicas aqui apresentadas servem para alunos dos ensinos fundamental e médio, até aqueles que estão se preparando para concurso ou vestibular. Servirá, portanto, para qualquer membro da família, inclusive para quem já concluiu o curso universitário e queira aprimorar-se na arte de escrever.

Nos próximos dias, serão disponibilizadas outras dicas importantes para que você obtenha o sucesso desejado. Boa Sorte!

1ª. A (minúsculo). 

Faça-o um pouco achatado, com os contornos fechados (e não abertos), sem qualquer traço no meio dele.

2ª. ABAIXO-ASSINADO.

É um documento assinado por várias pessoas, que contém pedido, reivindicação ou manifestação de protesto.

3ª. ABREVIAÇÕES.

Escreva as palavras por extenso. As abreviações são consideradas incorretas. Portanto, não use abreviações quando no corpo do texto de sua redação.

ERRADO CERTO
P/, c/, tá, pra, qdo Para, com, está, para, quando
Prof., edif., pop Professor, edifício, população
Fone, cine Telefone, cinema

 

4ª. ABSURDO.

Use o raciocínio absurdo, a percepção exagerada dos fatos, para sugerir a visão alterada da personagem.

 

Embriagado, achou que a mulher estava conversando com o amante e atirou no seu próprio cunhado.

Achava que o cãozinho estava silencioso apenas para ludibriá-lo, que preparava um ataque feroz; talvez até saltasse no seu pescoço em um momento de distração.

 

5ª. AÇÃO.

Quando quiser, em narrações, fazer sentir a atenção dada pela personagem às próprias ações, mostre os pormenores da cena.

 

Colocou cuidadosamente o cristal sobre a mesa, pegando a taça com a ponta dos dedos, pressionando-a levemente, mas com firmeza. Aproximava-a da mesa muito lentamente, quase sem fazer barulho algum ao tocá-la.

 

Se desejar mostrar ações sucessivas da personagem, efetuadas sem pressa e valorizadas uma a uma, separe-as em períodos diferentes.

 

Entrou na sala. Caminhou lentamente em direção ao cofre. Observou se o sistema de segurança estava desativado. Tirou o quadro da parede. Passou a girar lentamente o segredo do cofre, escutando atentamente quando daria o estalo que lhe permitiria abri-lo com segurança.

Para construir na narrativa a ideia de rapidez, use períodos curtos. Se buscar transmitir a sensação de um longo tempo transcorrido, use frases extensas.

Correu até o outro lado da rua. Girou a chave na fechadura. Entrou no prédio. Acenou para o porteiro. Entrou no elevador.

Estacionou o carro na frente do prédio, observando se a esposa já havia descido. Abriu a caixa de discos, escolhendo o que faria a mulher lembrar dos tempos de namoro. Reclinou o banco do automóvel, baixando o volume do rádio; pensou que a mulher estava atrasada; devia estar escolhendo seu melhor vestido ou talvez terminando de fazer a maquiagem com o cuidado que a ocasião merecia.

 

 6ª. ACENTOS.

Coloque-os com clareza e corretamente, e não simples traços displicentes (em pé ou deitados). O acento grave, levemente voltado para a esquerda; o agudo, levemente inclinado para a direita.

Tanto o acento grave, quanto o agudo e o circunflexo, devem ser colocados bem próximos das respectivas letras e bem centralizados (e não distantes e de lado).

O acento não pode ser um risquinho qualquer, torto, deformado, ilegível. Tem que ser escrito de maneira correta, clara e precisa.

Faça-os de tamanho normal, nem demasiado grandes, nem demasiado pequenos.

 

7ª. ACENTUAÇÃO.

Verifique sempre  a  acentuação dos vocábulos.

Procure conhecer as regras de acentuação sem, contudo, decorá-las como papagaio.

 

Uma técnica de aprendizagem infalível: Estude o assunto, por exemplo, em mais de dois autores, fazendo, depois, os respectivos exercícios. Proceda da mesma forma com os demais assuntos de gramática, que jamais precisará tomar curso de Português desse capítulo.

 

8ª. ALFABETO.

Procure não inovar, por sua conta, o alfabeto da língua portuguesa, a ponto de tornar sua letra praticamente irreconhecível.

 

9ª. ALITERAÇÃO.

É a repetição de fonemas-consoantes, que resulta num resultado sonoro específico.

Velho vento vagabundo

Chove chuva choverando.

Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando.

 

10ª. AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA.

Evite frases ambíguas (confusas) ou de duplo sentido. Ocorrem em consequência da má pontuação ou da má colocação das palavras.

A ambiguidade deve ser evitada com a utilização de termos que expressem clara e objetivamente o que se pretende mostrar.

FRASES AMBÍGUAS CORRIJA AS EXPRESSÕES GRIFADAS PARA OU
Alice saiu com sua irmã. a irmã dela a irmã de uma amiga
Vi José beijando sua namorada. a namorada dele a namorada de um amigo
Um ladrão foi preso em sua casa. na casa dele na casa da vítima
João ficou com Mariana em sua casa. na casa dela na casa dele
Pintaram o quarto da casa em que durmo. no qual durmo na qual durmo

 

11ª. ANULADA.

A redação poderá ser anulada, ou receber nota zero, se:

Estiver ilegível.

Fugir do assunto.

For escrita a lápis.

For escrita com rasuras e sem título.

For apresentada sob a forma de verso.

Não obedecer ao espaço e ao número de parágrafos determinados.

Não seguir as instruções relativas ao tema escolhido.

Tiver menos ou mais linhas do que a quantidade preestabelecida.

Contiver cópias das ideias do texto de motivação, quando este for dado.

Contiver elemento que identifique o candidato (como letra de forma ou de imprensa, por exemplo).

 

12ª. APOSTO.

Use o aposto — explicação sobre um termo ou expressão da frase — quando, ao mesmo tempo que caracterizar, você pretender explicar a própria atitude da personagem.

Mariana, enfurecida, arremessou o valioso colar no rio.

A Universidade pública deve ser defendida por todos, ricos ou pobres.

O estudo do Romeno, língua neolatina como o Português, pode ser bastante facilitado com o uso de uma gramática comparativa.

 

13ª. ARGUMENTAR.

Não comece a redação com períodos longos. Exponha logo suas ideias.

Não fundamente seus argumentos com fatos que não sejam de domínio público.

Os argumentos do desenvolvimento da redação devem surpreender o leitor. Suas ideias precisam ser saborosas para atrair sua atenção.

Dê sua opinião, argumentando. Não use expressões como eu achoeu pensopara mim ou quem sabe, pois denotam imprecisão em suas ponderações. É preciso mostrar conhecimento e domínio sobre o tema que está escrevendo.

 

14ª. ARTIGO, PREPOSIÇÃO: A, À, PARA, PARA A.

A (artigo): Fui a Salvador (fui e voltei logo).

PARA (preposição). Fui para Salvador (fui e vou passar alguns dias ou morar lá).

À (craseado): Fui à fazenda (fui e voltei logo).

PARA A (preposição + artigo): Fui para a fazenda (fui e vou passar alguns dias ou morar lá).

 

15ª. ASPAS.

Vêm entre aspas:

Os estrangeirismos (as palavras estrangeiras): “Pizzaria”, “mobylette”, “show”, “vídeo game”. Observação: Matinê, buate e pingue-pongue, no entanto, não vêm entre aspas, por serem estrangeirismos aportuguesados.

Os apelidos: “Zezinho”, “Juca”, “Nice”.

As citações que não sejam de sua autoria: “Oxalá não se me fechem os olhos sem que o queira Deus”. (Rui Barbosa). “Se viveres com dignidade, não melhorarás o mundo, mas uma coisa é certa, haverá na terra um canalha a menos” (Confúcio). Observação: As citações, quando não colocadas entre aspas, constituem plágio, o que é errado e desonesto. Plagiar, segundo o dicionário do Aurélio, é “assinar ou apresentar como seu, obra artística ou científica de outrem” (de outro autor).

As gírias. Isto é, as palavras usadas em sentido figurado. A festa foi um “barato” (ótima, “legal”). Não “saquei” (entendi) nada. Aliás, evite usar gírias.

16ª. ASPECTO VISUAL.

Qualidade da letra, margem, espaços entre as palavras, legibilidade, limpeza, pontuação, facilidade de leitura, parágrafos (espaços), períodos (se não deixou períodos longos).

 

17ª. ASSÍNDETO.

É a ausência de conjunções coordenativas no período composto.

Cheguei, vi, venci.

O barco veio, chegou, atracou, chegamos.

 

18ª. AVALIAÇÃO.

A autocrítica pode ser essencial quando se deseja melhorar o texto.

Avalie o texto. Verifique se as frases soam bem, se não contêm cacófatos ou rimas. Começou bem a redação e terminou-a melhor ainda?

A avaliação de uma redação segue um critério rigoroso, pois está relacionada à norma culta da língua portuguesa. Além da parte específica de gramática, muitas vezes recorre-se à grafologia para verificar-se o perfil psicológico e pendores vocacionais do candidato à função que pleiteia.

 

19ª. BARBARISMO OU ESTRANGEIRISMO.

É a utilização de palavras ou construções estranhas à língua portuguesa. Evite usá-lo.

ESTRANGEIRISMOS PREFIRA
Show espetáculo
Jeans calça de brim

20ª. BATE-PAPO.

Evite a projeção de bate-papo, ou seja, escrever com estilo coloquial numa redação.

A Guerra do Iraque foi duramente criticada, vai daí que os americanos tiveram abalado seu conceito de democracia.

A expressão “vai daí que” é da fala coloquial, devendo ser substituída por uma construção mais adequada:

A Guerra do Iraque foi duramente criticada e, em função de sua postura, os americanos tiveram abalado seu conceito de democracia.

Ele repetia tudo o que dizia, que nem um papagaio de madame.

A palavra adequada é como; “que nem” desmerece o texto em que está inserido, a não ser que represente a fala popular da personagem.