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Bahia Saúde

Sesab corta gastança de R$ 300 mi em hospitais

Somente no Hospital Roberto antos, cerca de mil lençóis sumiam por mês

Somente no Hospital Roberto antos, cerca de mil lençóis sumiam por mês

Cerca de mil jogos de cama (lençóis e fronhas) se perdiam, por mês, entre a lavanderia do Hospital Roberto Santos (HRS) e os quartos e enfermarias. Além disso, o bandejão do local servia 50% mais refeições (seis mil)  que o necessário (quatro mil) e cinco mil estagiários de medicina e enfermagem circulavam pelas dependências da unidade usando material do hospital sem qualquer tipo de ressarcimento ao estado pela faculdades onde estudam.

Outro problema identificado: a cobrança de atendimentos de segurados do SUS no Roberto Santos era feita de forma precária ao Ministério da Saúde. Nesse ambiente de crise econômica e baixa arrecadação, o combate ao desperdício e à ineficiência se tornou uma regra para o governador Rui Costa, que autorizou a Secretaria da Saúde (Sesab) a corrigir os problemas.

Produção

Hugo Ribeiro, diretor do HRS, informou que após implantação de programa de gerenciamento de faturas hospitalares e auditoria, quadruplicou a produção (cobrança de atendimentos ao SUS) e ” a expectativa é quintuplicá-la, migrando de R$ 2 milhões em faturamento para R$ 10 milhões”, por mês.

A redução nas despesas de nutrição girou em torno de 27%,  cerca de R$ 300 mil ao mês. A Sesab colocou fiscais na lavanderia, para coibir o extravio de material, enquanto prepara a terceirização  da lavagem  da rede de saúde estadual.

Catracas também foram instaladas para regular o acesso no refeitório e faculdades terão de pagar para que  estudantes circulem nas unidades do estado.

O combate às distorções e desperdícios vai gerar  uma economia de R$ 300 milhões este ano, segundo a Secretaria da Saúde da Bahia. O governador  Rui Costa (PT), pressionado por crise econômica das mais graves e a baixa arrecadação, tem adotado uma série de medidas de contenção de despesas e economia para gerir a máquina pública. Na quinta passada Rui pediu aos secretários para “apertar mais o cinto” com o objetivo de o governo, como um todo, economizar R$ 250 milhões em novembro.

Licitações

Nesta semana, a Sesab deve lançar licitações para a renovação de 21 contratos de gerenciamento de hospitais de pequeno e médio portes da rede estadual,  já terceirizado a organizações sociais. A fiscalização  e a cobrança serão mais rígidas.

Quem vencer as licitações terá agora a obrigação, entre outras coisas, de informar, diariamente à Sesab o número de vagas da unidade, avaliar semestralmente o desempenho do diretor-geral, implantar o “sistema de apuração de custos da unidade (Apura SUS)” e destacar uma sala equipada para que um funcionário designado da secretaria fiscalize as atividades da unidade.

Outra novidade nos novos contratos será a composição do pagamento da Sesab:  90% do valor estará sujeito à variação de acordo com a avaliação das metas quantitativas e 10% do valor vinculado à avaliação dos indicadores de qualidade. Ou seja, quanto mais a unidade for produtiva e  apresentar um atendimento de qualidade, recebe mais, aproximando-se do teto do valor do contrato.

Impõe, ainda, que as organizações gastem no máximo 70% dos repasses com recursos humanos e contrate 10% de profissionais de nível técnico e 10%  de nível superior, “a título de primeiro emprego pelo período de 12 meses”. Por fim, os novos contratos preveem a “incorporação” de uma empresa independente para auditar o cumprimento dos contratos de gestão.

Fonte: A Tarde