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Servidores estaduais tem reajuste de 5,84%

A acordo foi selado na GovernadoriaTribuna da Bahia

As longas conversas, cercadas de cálculos financeiros, resultaram em um desfecho positivo para os dois lados e o governo bateu o martelo ontem, referente à concessão aos servidores públicos de um reajuste superior ao enviado a Assembleia Legislativa. Conforme já havia sido antecipado nos corredores da Governadoria, a administração estadual vai conceder os 5,84%, que serão pagos em duas parcelas, a primeira retroativa a janeiro, no valor de 2%, a ser paga até junho e a segunda entre julho e dezembro.

O recuo, em relação ao valor de 2,5%, aconteceu após protestos das categorias e lideranças oposicionistas. Até chegar ao entendimento, o chefe do poder Executivo e seus auxiliares se reuniram com os sindicalistas por três dias. Na próxima segunda-feira, o novo projeto de lei será enviado ao Legislativo.

Mas durante o processo, o destaque ressaltado nos bastidores foi o “protagonismo” do governador na condução do diálogo, o que teria sido determinante para o entendimento final. Com experiência e “habilidade” em negociações, e ainda bom trânsito pessoal com as lideranças sindicais, Wagner teria passado “sinceridade”, quando mostrou que o Estado não tinha mais como ceder neste momento, e “sensibilidade” para compreender que as categorias, acostumadas a obterem ganhos bem acima da inflação, desde que ele assumiu o governo da Bahia, “não poderia sair frustrada”. Aliados frisaram que foi a sua participação “hábil” que contribuiu para a costura do acordo, sendo as partes “flexíveis o bastante para que o Estado não voltasse a ser penalizado” por movimentos grevistas e o princípio democrático e de respeito mútuo no diálogo prevalecesse.

Na reunião de ontem, a gestão estadual ratificou o atendimento de outras demandas dos sindicalistas, entre elas, o estabelecimento do salário como piso mínimo no Estado, a antecipação para o final de 2013, do debate sobre a elevação dos subsídios de 2014. Os servidores também exigiram o “respeito” ao Sistema Estadual de Negociação Permanente, composto por mesas setoriais de diversas áreas.

O governador ressaltou a “maturidade e o espírito democrático” de ambas as partes. Ele também destacou que a negociação ocorreu de forma “rápida e eficiente” e que houve uma compreensão dos sindicalistas. “Os representantes dos servidores, apesar de possuírem uma expectativa de aumento salarial sempre maior, entenderam as razões do governo, a exemplo das dificuldades orçamentárias que impedem a concessão de um reajuste mais elevado. Houve maturidade para entender que nem sempre o céu é o limite e, além disso, salário se discute todo ano”, reforçou.

O diálogo com 18 das 19 entidades que representam o funcionalismo foi liderado também pelo de Administração, Manoel Vitório, e pelo líder do governo na Assembleia, Zé Neto (PT).

Ao final do encontro, a coordenadora da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Marinalva Nunes, comemorou os avanços. Segundo ela, o acordo foi uma “vitória” dos trabalhadores e também do governo, “pois os números foram mostrados com transparência”. Nunes também destacou a conquista política em torno do fato. “O mais importante foi recompormos o diálogo com o governo. Desde 2008 que as mesas setoriais estavam paradas”, disse.

Zé Neto disse que o governo vai fazer “um esforço maior do que era previsto com as suas contas para cumprir o acordado, mas que é válido”. “Compartilhamos dificuldades e optamos pelo bom senso e pela melhoria no relacionamento. Segundo ele, a ameaça de paralisação, por 24 horas, dos policiais civis já está sendo contornada. “Não tem nenhuma insurreição da categoria, que foi a que mais ouvimos e a que mais teve ganho real”, enfatizou.