Bahia Geral

Seca deixa mais de 150 municípios baianos em situação de emergência

Em Itabuna não chove a 120 dias

Em Itabuna não chove a 120 dias

O Município de Itabuna é mais um a decretar situação de emergência. O decreto foi assinado pelo prefeito Claudevane Leite, nesta quarta-feira, 2, após 120 dias sem chuvas no município. Segundo a prefeitura, a medida visa minimizar os estragos causados pela falta de chuvas e possibilitar ao município buscar apoio junto aos Governos estadual e federal.

O decreto tem validade de 180 dias e autoriza as autoridades administrativas e agentes da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC) a buscar em propriedades privadas urbanas e rurais a captação de água para distribuir à população.

Em nota, o prefeito informou que os danos provocados pela estiagem impactam diretamente na coleta, tratamento e distribuição de água potável para a população. “Sem falar no comprometimento da normalidade do funcionamento de diversos equipamentos e estabelecimentos públicos que prestam serviços essenciais como hospitais, escolas, creches e clínicas médicas”, afirmou o prefeito.

Em outras regiões, a situação é bem mais grave

Em outras regiões, a situação é bem mais grave

O problema da seca é enfrentado por mais de 150 municípios baianos, segundo relatório de decretos vigentes da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec). Alguns decretos aguardam análise do Governo Federal, para que sejam adotadas as medidas emergenciais de convívio com a seca. A população afetada ultrapassa um milhão e 500 mil pessoas.

Na região Sudoeste, mais de 20 municípios que compõem o Território de Vitória da Conquista, a exemplo de Aracatu, Belo Campo, Anagé, Brumado, Caetanos, Caraíbas, Cordeiros, Maetinga, Manoel Vitorino, Mirante, entre outros, estão enfrentando problemas com a seca.

Vitória da Conquista também está na lista dos atingidos, já que cerca de 70% do município estão concentrados no semiárido. A população atingida supera 35 mil pessoas.  O prefeito Guilherme Menezes tem adotado medidas efetivas para combater o problema, como construção de diversas barragens na região, além de ações emergenciais de distribuição de água por meio de carros-pipas.

Para o prefeito, o problema da seca é grave, mas em outras épocas já foi pior.  “A gente não pode se esquecer da seca de 1883, quando, segundo o estudioso Josué de Castro, mais de três milhões e meio de nordestinos morreram; entre os anos de 2000 e 2001, foram mais de 2 milhões de mortos, hoje, graças aos programas governamentais, como o Bolsa Família, a situação é outra, sofre-se com a seca, porém suporta-se com mais facilidade. Aqui em nosso município nós enfrentamos esse transtorno porque mais de 70% do nosso território está no semiárido, entretanto temos adotado as medidas necessárias para garantir a sobrevivência do nosso povo”, disse.