Bahia Política

“Se a economia ficar como está não haverá reajuste para os servidores”, diz Rui

Rui pontuou questões sobre ajustes fiscais, segurança pública e eleição da câmara dos deputados

O governador Rui Costa recebeu, na tarde desta terça-feira, 20, um grupo de jornalistas de portais noticiosos de Salvador, para fazer um balanço da sua gestão em 2016. Em um bate papo informal, Rui tratou de questões como reajustes fiscais, segurança pública, eleição na Assembleia Legislativa da Bahia e sua relação com o governo Temer.

Sobre o ajuste, o governador lembra que o país está há 3 anos sem crescimento e ressalta que isso impacta diretamente no emprego e arrecadação. Rui está esperançoso quanto ao próximo ano, “A Bahia vem de um ajuste fiscal rígido há muito tempo. Espero que 2017 me surpreenda”, mas mesmo com a expectativa positiva ele afirmou que “se a economia ficar como está não haverá reajuste para os servidores em 2017”.

Rui afirmou que o governo faz ajustes rotineiramente para equilibrar as contas do Estado, e que é minunciosamente acompanhado por ele, ” O ajuste fiscal é permanente. Toda semana me reúno com os secretários. Passo a peneira fina todos os dias”.

O governador informou que uma das medidas que ajudam a manter as contas em dia são as relicitações, que geram economia para o Estado. Outras ações como auditorias nas secretarias e folhas salariais retirando benefícios dados erradamente ajudam.

Segurança Pública

Para segurança pública, Rui é favorável a rediscutir a política sobre as drogas, “a maconha poderia ser aberta para legalização, claro que com fiscalização e regras duras”. Ainda classificou a droga como leve e falou sobre os estudos que comprovam que a erva tem substâncias medicinais. Ele pontuou como maiores problemas, a cocaína e o crack, que segundo o governador, invadiu o interior do estado.

Eleição na Assembleia

Sobre a eleição na Assembleia Legislativa, que tem três candidaturas da base do governo pelas candidaturas de Marcelo Nilo (PSL), que tenta o sexto mandato, Luiz Augusto (PP), cujo líder da sigla é o vice-governador João Leão, e Ângelo Coronel (PSD), partido do senador Otto Alencar, Rui mencionou sobre o exagero dos candidatos e que tentará unir a base. “Vou trabalhar pela unidade da base, sempre tivemos uma base unida”.

Já sobre Nilo, Costa aconselhou “ele deve começar a agradecer para quem votou nele nesses últimos anos, reconquistar os amigos”.

Relação com Temer

O governador relatou que não houve até o momento nenhum motivo para reclamar da relação com o Presidente Michel Temer. “Não teve nenhum caso concreto de má vontade com a Bahia e sim com todos os estados de uma forma geral”, disse Rui ao lembrar que não há um pacto federativo em vigor. “Desde o governo Dilma tentamos [os governadores do 27 estados] criar uma agenda para o país, já reunimos com o Temer, mas até agora nada foi feito”.

Em relação a saída de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo da Presidência da República Rui foi sucinto “Não senti falta”.

Fonte: A Tarde