Schumacher apresenta “leve melhora”, mas continua lutando contra a morte

Schumacher esquiava quando bateu a cabeça em uma pedra e sofreu traumatismo craniano grave

O estado de saúde de Michael Schumacher, que sofreu um acidente de esqui no último domingo (29), apresentou uma leve melhora nas últimas horas. De acordo com o novo boletim médico divulgado nesta terça-feira (31), o ex-piloto, que permanece em coma induzido, foi submetido a uma nova neurocirurgia na noite da última segunda-feira (22) para a retirada de um hematoma cerebral. O procedimento diminuiu a pressão intracraniana, o que ajudou a estabilizar o quadro.

Segundo a equipe médica do Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França, a decisão de fazer uma nova operação se deu por conta da alta pressão intracraniana sofrida pelo alemão, que trazia sérios riscos de lesões cerebrais irreversíveis. O procedimento, que durou cerca de duas horas, foi considerado bem sucedido. Horas depois, um novo exame foi realizado para saber quais os impactos do procedimento cirúrgico no alemão.

Médicos se reúnem com a imprensa para comunicar melhora no estado de saúde do ex-piloto

O diretor geral do hospital, Jean-Francois Payen, que chegou a afirmar na última segunda-feira (30) que o piloto estava em “estado muito grave” e “lutando pela vida”, explicou qual é a atual situação de Schumacher. “Nós fizemos uma ”varredura” sem nenhum risco desnecessário, que apontou uma leve melhora. Nós temos alguns sinais para achar que a situação está mais controlada do que nesta segunda”, disse.

De acordo com um dos cirurgiões de Schumacher, Emmanuel Gay, as próximas horas serão cruciais para determinar uma possível melhora no quadro do paciente. “Foi uma decisão difícil (de operar). Mas decidimos eliminar um hematoma. O nível de pressão intracraniana melhorou. Mas os exames mostram que existem outras lesões. Não se pode afirmar que ele está fora de perigo, pois as coisas podem evoluir muito rapidamente tanto para melhor quanto para pior, mas seu estado geral está melhor do que ontem. Ainda não podemos dizer em que estado ele estará em quando acordar”,explicou.

Desde que foi internado no hospital de Grenoble, o ex-piloto está sendo mantido em uma temperatura corporal abaixo na considerada normal para que o cérebro tenha maior facilidade em acelerar a recuperação.

Os médicos não escondem que quadros como o de Schumacher, que apresenta lesões internas, contusão cerebral e hemorragia, é de alto risco de morte, mas evitam falar do futuro do alemão. “Nas mortes precoces em traumatismos cranianos graves, se olharmos a literatura médica, se fala em 40 a 45% dos pacientes. São números e eu não trabalho com estatísticas, mas com pacientes. Portanto, vamos trabalhar”, ponderou o médico  Stéphane Charbardes.