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Rio terá mais mortes causadas por ações policiais até dezembro, diz secretário de Polícia Civil

Policiais durante operação na Mangueira Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

O secretário de Polícia Civil Marcus Vinícius Braga afirmou que o número de mortes decorrentes de ações policiais vai subir até dezembro. Em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio, ele disse que a quantidade de óbitos do tipo aumentou nos primeiros seis meses de 2019 em comparação com o mesmo período do ano passado:

– É um número que subiu. É um número que a tendência é subir até dezembro, porque as ações estão sendo feitas. Conforme a gente vai trabalhando as investigações, a inteligência e a integração com a Polícia Militar, a tendência é abaixar. É um número alto, não é um número que a gente deseja.

Braga adiantou ainda outros números da violência do Rio em julho, que serão divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Rio nesta tarde. De acordo com o delegado, o estado registrou 2392 assassinatos entre janeiro e julho de 2019. Foram 710 a menos do que o total verificado no mesmo período do ano passado.

Nesta terça-feira, o governador Wilson Witzel afirmou que pretende ingressar no Supremo Tribunal Federal com medida judicial para garantir o direito de policiais abaterem criminosos que estiverem portando fuzis nas ruas . Hoje a legislação penal só considera legítima defesa os casos em que o policial revida o tiro ou ameaça de um agressor para defender a própria vida ou a de terceiros.

Na entrevista, Braga também revelou detalhes do protocolo sigiloso da instituição para uso de helicópteros em operações da corporação e defendeu o uso do recurso:

– Quando não tem o (helicóptero) Águia, a reportagem mostra de 30 a 40 minutos de tiroteio. O tempo médio de tiroteio (em operações) com a presença do Águia é 3 minutos – afirmou ele. – O Águia tem uma visão privilegiada. O tiro do Águia é certeiro porque ele está vendo o solo. O tiro na horizontal, só Deus sabe.

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