Brasil

PSol pede cassação de Damares por caso yanomami

Partido acusa Damares Alves de omissão, enquanto foi ministra de Bolsonaro | Jefferson Rudy/Agência Senado

O PSol protocolou uma representação, nesta 5ª feira (9.fev), no Senado pedindo a cassação do mandato da senadora Damares Alves (Republicanos-DF). O partido acusa a ex-ministra dos Direitos Humanos por suposta relação com a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami decretada pelo governo federal.

No documento, o PSol diz que Damares “utilizou a máquina pública como um instrumento para uma política etnocida e racista contra os Povos Indígenas”. Os psolistas ainda apontam que a senadora agiu por fundamento religioso e preconceito contra os indígenas.

O deputado Henrique Vieira (Psol-RJ), que anunciou à imprensa a representação do partido, afirma que as ações e omissões de Damares teriam contribuído para os casos de morte e desnutrição dos indígenas.

“A ministra Damares basicamente não deu a menor atenção às diversas denúncias feitas por órgãos e entidades nacionais e internacionais a respeito da crise humanitária do povo Yanomami”, afirmou.

O político ressaltou que, assim como Damares, também é pastor e acusa a ex-ministra de ter agido por motivos religiosos. “Damares é a expressão mais exata do que é o fundamentalismo religioso na política. Essas ações de desrespeito aos povos isolados, originários, quilombolas, foi por causa de uma fé intolerante”, finalizou.

A senadora Damares Alves ainda não se manifestou, mas informou, por meio da assessoria, que vai se pronunciar em resposta ao pedido pelas redes sociais ainda nesta 5ª feira, por volta das 18h.