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Professores da Uesb paralisam atividades nesta quarta-feira

A Adusb diz que não faltam motivos para realização da greve

A Adusb diz que não faltam motivos para realização da greve

A greve da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e de mais três universidades estaduais já está pré-anunciada. Nesta quarta (8), os professores dessas instituições paralisam as atividades, mas, mesmo em estado de greve, aprovado pela categoria, eles esperam que o governo inicie as negociações.

Em Salvador será realizado um ato público na Secretaria de Educação, quando as Associações Docentes e outras entidades ligadas ao segmento lançam o Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública. O objetivo da iniciativa é criar uma frente de luta conjunta contra o que os professores chamam de “sucateamento da educação na Bahia”. O Comitê pretende protocolar suas pautas e cobrar melhorias.

O Movimento Docente reivindica o investimento de pelo menos 7% da RLI para as Universidades, respeito aos direitos trabalhistas e reposição integral da inflação. A revogação da lei 7176/97, que fere a autonomia universitária, a ampliação do quadro de professores e a valorização do trabalho docente também fazem parte das reivindicações.

De acordo com a Associação dos Docentes da Uesb (Adusb), o que não faltam são motivos para que os professores das universidades estaduais da Bahia (Ueba’s) deflagrem uma greve e voltem a paralisar as atividades, como aconteceu no ano de 2011. “Não faltam motivos para a deflagração da greve. Em dois anos, o governo reduziu cerca de R$ 18 milhões nas verbas de manutenção, investimento e custeio das quatro Universidades Estaduais”, diz uma nota da Adusb, divulgada em fevereiro deste ano.

Ainda, segundo a Adusb, essa redução nas verbas das universidades vem comprometendo as atividades de ensino, pesquisa e extensão, que devem ser realizadas. Além disso, a associação dos professores da Uesb afirma que direitos trabalhistas, como a progressão de carreira, estão sendo negados aos professores.

“O governo até o momento também não anunciou a reposição inflacionária, descumprindo a data-base dos(as) servidores(as) públicos(as)”, diz a nota.

Caso o governo se recuse a negociar com o movimento, as Associações Docentes promete convocar novas assembleias para pautar a deflagração da greve. Fonte: Adusb e Blog da Resenha Geral.