Brasil

PRODUÇÃO DE ARROZ E FEIJÃO DEVE CAIR, APESAR DE RECORDE NA SAFRA

A próxima safra está estimada em 268,7 milhões de toneladas, superando em cerca de 11 milhões de toneladas o recorde de 257,7 milhões da última colheita. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (08).

A expectativa é que o plantio ocupe cerca de 66,8 milhões de hectares, o que corresponde a 879,5 mil hectares a mais do que o último registro. A produção de soja está estimada em 133,7 milhões de toneladas e mantém o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa. A colheita total de milho deve atingir 105,2 milhões de toneladas, também a maior da série histórica com aumento de 2,6% sobre a anterior.

O arroz (10,885 mi de toneladas) deve ter a produtividade diminuída em comparação com a última safra, com redução de 4,2%. Ou seja, quase 400 mil toneladas. É o caso também do feijão (3,126 mi de toneladas), que deve ter diminuição de 3,2% nas três etapas de plantio. Por conta dessa divisão, o alimento pode ter ajustes maiores que as outras culturas durante o ano.

O algodão em pluma (2,8 mi de toneladas) também deve ter redução de 6,2%, mas mesmo com a pandemia, as exportações da cultura caminham para um recorde. Até setembro deste ano, o total exportado foi de 1,2 milhão de toneladas, 49% a mais do que o acumulado do mesmo período no ano passado.

Para a soja, a expectativa de venda para o mercado externo está em torno de 82 milhões de toneladas para 2020. Para o próximo ano, são esperadas cerca de 85 milhões de toneladas, o que representaria aumento de 3,7%. O suporte seria dado pelo câmbio, que pode se manter elevado nos próximos meses.