Bahia Política

PR pressiona para César Borges entregar cargo no BB

Borges ocupava o cargo por indicação da presidente Dilma Rousseff (PT), mas a direção da legenda considera que a vaga pertence à sigla

Borges ocupava o cargo por indicação da presidente Dilma Rousseff (PT), mas a direção da legenda considera que a vaga pertence à sigla

O ex-governador César Borges deverá deixar a vice-presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações do Banco do Brasil, cargo que ocupa desde 2015. Sites ontem noticiaram a saída de Borges do cargo no banco público. A Tribuna tentou falar com o ex-senador, mas os telefonemas não foram atendidos e nem retornados até o fechamento. Contatada, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou que “o BB não vai comentar no momento”. Também, até ontem, não havia alguma publicação no Diário Oficial da União (DOU) informando sobre a possível exoneração do ex-ministro.

De acordo com informações da coluna Expresso, da Revista Época, Borges pediu demissão após pressão do Partido da República (PR). Ele ocupava o cargo por indicação da presidente Dilma Rousseff (PT), mas a direção da legenda considera que a vaga pertence à sigla. Um dos nomes cotados para substituir César Borges é o do ex-deputado federal potiguar João Maia. O Banco do Brasil teria pedido pelo menos um mês para analisar a ficha do nome que será indicado pelo Planalto para o posto. O postulante também será submetido à aprovação do conselho do BB. César Borges chegou a exercer no Banco do Brasil o cargo de vice-presidente de Governo, entre 2012 e 2013.

Entre abril de 2013 e dezembro de 2014, exerceu os cargos de ministro dos Transportes e de ministro-chefe da Secretaria de Portos, quando deixou a pasta e se tornou vice-presidente do Banco do Brasil. Borges coordenava os negócios estratégicos relacionados aos grandes projetos de infraestrutura dentro dos modelos de concessão de estradas, portos, aeroportos, ferrovias e a modernização de aeroportos regionais.

César Borges deixou o PR em agosto de 2014 após desentendimentos com os caciques republicanos. O comando do PR exigiu a saída do ex-governador do Ministério dos Transportes alegando que ele não representava o partido na Esplanada dos Ministérios. Para não perder apoio do partido, que ameaçava apoiar a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, Dilma atendeu às exigências feitas pelos mandachuvas do PR e exonerou Borges. Em visita à Bahia em junho do mesmo ano, Dilma chegou a afirmar que o então ministro baiano era “leal” e “o melhor ministro dos Transportes” que ela já tivera. A mandatária brasileira disse ainda que a rebeldia do PR não interferiria em sua permanência na pasta, o que não aconteceu. Depois que deixou o PR, Borges não se filiou mais em nenhum partido.

De acordo com informações de sites locais, o ex-governador retornará suas atividades privadas e partidárias, apesar de não se ter indícios de qual destino tomará.  Borges foi alçado na vida pública pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães, quando conseguiu se tornar governador da Bahia e senador da República. Em 2007, contudo, deixou o DEM e ingressou no PR. Em 2010, o ex-ministro tentou se reeleger senador pela chapa do então candidato ao governo da Bahia pelo PMDB, Geddel Vieira Lima, mais os dois foram derrotados.

Fonte: Tribuna da Bahia