Geral Vitória da Conquista

População conquistense reclama de descumprimento no cronograma de racionamento de água da Embasa

Água nas torneiras se tornou produto de luxo

Água nas torneiras se tornou produto de luxo

A crise de água em Vitória da Conquista está preocupando a população. É que o racionamento de água por parte da Embasa não segue o cronograma estabelecido de três dias com água nas torneiras e três sem. Em alguns bairros, em oito dias de racionamento, os moradores só tiveram acesso ao líquido um dia, em outros, nos três dias previstos, somente dois dias, mas bastante fraca. E tem locais que a água sequer caiu nos últimos oito dias.

Por causa da escassez de água, teve início uma imensa procura por reservatórios de água nas lojas de materiais de construção e nas próprias fábricas, impulsionando o mercado de caixas d’dágua. “Todo ano é a mesma coisa, quando o racionamento começa, as vendas triplicam, às vezes falta mercadoria, a gente faz até venda programada”, disse o gerente de uma loja, João Carlos Ribeiro.

Para o aposentado José Avelino, morador da Vila Serrana, isso mostra a necessidade de se resolver o problema do abastecimento de água de Vitória da Conquista. “Eu estou me aproximando dos 80 anos sem ver uma solução para a crise de água da nossa cidade. Eu cheguei em Conquista em 1952 e naquela época já havia problema; em 1970, bairros como Brasil e Ibirapuera sofriam com a falta de água, hoje, em pleno século 21, continuo vivenciando esse descaso, tendo que entupir minha casa de reservatório de água pra não morrer de sede”, lamentou.

Quando anunciou o racionamento, técnicos da Empresa baiana de Águas e Saneamento (Embasa) orientaram a população a acionar o suporte da empresa por meio de caminhões pipa, através do telefone 0800 0555 195, nos casos de desabastecimento nos dias previstos para cair água, mas o telefone não atende.