PLANTÃO COPA: Costa Rica, França e equador vencem; surpresas não param de acontecer
Costa Rica vence a Itália e se classifica no Grupo da Morte
Os gritos de “Sí se puede” (Sim, podemos) funcionaram como um mantra. Uma espécie de sonho, um desejo enorme de vencer e conquistar algo que, para os outros, soava como impossível. Se o Grupo D é da morte, problema dos campeões mundiais, próximos de um vexame histórico – a Inglaterra está eliminada. A vitória por 1 a 0 sobre ninguém menos que a tetracampeã Itália leva a Costa Rica para as oitavas de final pela segunda vez na história da Copa do Mundo e coloca fogo na última rodada. Teve até “olé”. Sim, eles conseguiram.
O triunfo sobre o Uruguai na estreia deixou de ser uma surpresa. No embalo de uma torcida que brotou de todos os cantos da Arena Pernambuco, a Costa Rica voltou a jogar bem e foi quase impecável na marcação que anulou Pirlo. Bryan Ruiz marcou de cabeça no fim do primeiro tempo, logo depois de o árbitro ignorar um pênalti claro de Chiellini em Campbell.
Balotelli, que pediu um beijo da Rainha Elizabeth se marcasse e salvasse a Inglaterra da eliminação, pagou com a língua. Sem vencer os dois primeiros jogos de um Mundial desde 1990, a Itália poderia sair de campo praticamente classificada se não fosse o pé torto de seu principal goleador. Foram três chances claras desperdiçadas, todas na etapa inicial. Os europeus também fraquejaram diante dos quase 30 graus. A Fifa ignorou os pedidos e não permitiu a parada técnica.
A terceira rodada será como uma decisão. Itália e Uruguai se enfrentam, terça-feira, às 13h, na Arena das Dunas, em Natal. A Azzurra joga pelo empate por ter zero gol de saldo contra um negativo da Celeste. Quem vencer, avança. A Costa Rica, no mesmo dia e horário, cumpre tabela contra a Inglaterra, no Mineirão.
França bebe da inspiração da Arena Fonte Nova e atropela a Suíça: 5 a 2
Os gols em Salvador foram marcados por Giroud, Matuidi e Valbuena, no primeiro tempo, e por Benzema e Sissoko, no segundo. Dzemaili e Xhaka descontaram, já perto do fim. O placar só não foi mais elástico porque o goleiro Benaglio fez uma série de grandes defesas durante todo o jogo, incluindo um pênalti cobrado por Benzema na etapa inicial, e contou com a ajuda do travessão em chute de Cabaye. Ainda, nos acréscimos, Benzema chegou a fazer o sexto gol, mas o árbitro havia encerrado o jogo segundos antes.
As duas seleções voltam a campo na próxima quarta-feira, às 17h (horário de Brasília). No Maracanã, a França enfrenta o Equador. Um empate basta para assegurar o primeiro lugar do grupo. A classificação, por sua vez, só passa a ser ameaçada em caso de derrota a partir de três gols de diferença. Por outro lado, a Suíça joga sua vida diante de Honduras, na Arena da Amazônia.
Equador vira para cima de Honduras e assume segundo lugar no Grupo E
Nos últimos dois dias, Curitiba foi tomada por apenas um grito. Equatorianos, em maior escala, e hondurenhos gritavam a todos os lados que “sí, se puede”. Se a canção das duas torcidas era parecida, assim como a esperança delas, apenas um time poderia sair da Arena da Baixada nesta sexta-feira com possibilidades reais de seguir na Copa do Mundo. E, com o grande apoio de seus compatriotas, o Equador foi o sobrevivente: venceu Honduras por 2 a 1 e melhorou sua situação no Grupo E.
Com três pontos, os equatorianos assumiram a segunda posição da chave, empatado com a Suíça, mas com vantagem no saldo de gols. Já Honduras, sem pontuar, está quase eliminada da Copa: precisa vencer a Suíça na última rodada, na próxima quarta-feira, no Maracanã, torcer pela derrota do Equador para a França, que jogam no mesmo dia na Arena da Amazônia, e ainda tirar uma diferença de quatro gols de saldo. A torcida catracha ainda pode cantar que é possível, mas a situação ficou muito complicada.
O herói da partida foi o atacante Enner Valencia, autor dos dois gols na virada equatoriana. O jogador chegou a três gols no Mundial. Por outro lado, outro destaque foi a torcida, que dominou o estádio e não parou de manifestar sua crença de que era possível vencer e manter o sonho de avançar no torneio.