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MP-BA integra força-tarefa nacional que apura denúncias contra médium João de Deus

João de Deus atende, na cidade de Abadiânia, em Goiás

Uma denúncia foi registrada na Bahia contra o médium João de Deus, que nos últimos dias vem sendo acusado por dezenas de mulheres de abusos sexuais ocorridos durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus atende, na cidade de Abadiânia, em Goiás.
A ocorrência na Bahia foi relatada ao Ministério Público do estado (MP-BA), que desde terça-feira (11) passou a integrar força-nacional que apura os casos.

O MP informou que detalhes, como a cidade e quando a denúncia foi feita, não serão divulgados, com o intuito de proteger as vítimas.

De acordo com o MP-BA, vítimas podem procurar o órgão em suas respectivas cidades. Em Salvador, o Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem), localizado na Rua Arquimedes Gonçalves, Jardim Baiano, 142, bairro de Nazaré, recebe as denúncias.

O Gedem é vinculado ao Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (Caodh), que encaminhou notificação a todas as promotorias de Justiça do interior, solicitando que os promotores colham o depoimento de todas as eventuais vítimas.
Após o recebimento dos depoimentos, as unidade do interior repassam as informações ao Centro, que encaminha os dados ao MP de Goiás, de onde é coordenada a força-tarefa. 

Caso

Até a quinta-feira (13), 330 mulheres haviam denunciado o médium ao Ministério Público de Goiás (MP-GO). Os abusos sexuais teriam ocorrido desde a década de 80 até outubro do ano passado, dentro Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus atende, na cidade de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal. O médium nega os crimes.

A força-tarefa do MP-GO iniciou a investigação dos casos na segunda-feira (10), depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium.

O MP-GO protocolou, no fim da tarde de quarta-feira (12), o pedido de prisão preventiva de João de Deus. O pedido deve ser analisado pelo juiz Fernando Chacha, que é responsável pela comarca de Abadiânia. A assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou ao G1 que não pode confirmar nenhuma informação porque o caso está em segredo de Justiça. //G1 Bahia