Mostra Cinema Conquista: Estudantes falam dos resultados gratificantes das Oficina

A quinta-feira (16) reservou para os participantes da Mostra Cinema Conquista – Ano 10 mais um leque de muitas atividades. Pela manhã, na Uesb, aconteceu a Conferência Tendências do cinema brasileiro contemporâneo: o “cinema de garagem”, com o escritor, crítico e professor de cinema Marcelo Ikeda. O debate girou em torno do cenário de renovação do cinema brasileiro neste século, impulsionado pelas tecnologias digitais. Logo após, Ikeda realizou o lançamento dos livros: Cinecasulofilia (editora Substânsia); e Leis de Incentivo para o Audiovisual: como captar recursos para uma obra de cinema e vídeo (editora WSET).

Em continuidade, o Papo de Cinema reuniu os cineastas Camilo Cavalcante e Sérgio Machado, com mediação do professor da Uesb, Filipe Gama. Com o tema Entre o urbano e o sertão: a busca pela poesia na aspereza do universo rural e na infinitude da natureza, eles discutiram a partir dos filmes A História da Eternidade; O Homem das Multidões; e Gotas de Amor no Ócio. Marialva Monteiro, convidada da Mostra e participante das atividades, pontua: “é a primeira vez que venho à Mostra e estou encantada com a parceria do evento com a universidade, com a participação ativa de alunos e professores. Isso é fantástico, não vi esses espaços de formação como este em outras mostras”.

O curso do professor Elder Maia, A nova economia do audiovisual no Brasil: cultura e desenvolvimento regional, finalizou nesta quinta. Para Elder, a Mostra é um evento especial: “de todas as mostras que já participei, esta foi a mais completa, pois teve uma programação variada de conteúdos cinematográficos, com dedicação significativa a atividades acadêmicas. O resultado do curso foi muito bom, o pessoal se interessou, e espero que tenha ajudado para que eles se interessem cada vez mais por temas como este”. Luiza Audaz, participante do Curso fala: “o Curso nos trouxe a oportunidade de ter contato com um especialista na área que trouxe um panorama do contexto político, social e mercadológico do audiovisual.”

Julio Carvana, ministrante da Oficina Desenvolvimento de Projetos Audiovisuais e aplicação nas Leis e Editais avaliou: “a oficina foi positiva, compartilhei com eles o conhecimento que adquiri no cinema durante esses anos. Os alunos tiveram contato com coisas particulares do universo do cinema que ainda não chegaram às salas de aula”. Para Micael Aquillah, estudante do Curso de Cinema da Uesb,“a oficina foi uma forma de incentivo para quem está entrando na universidade agora, como eu. Nos acrescentou muito”. Na Oficina de Olga Machado, O Ator e o Método, o aluno do Curso de Cinema e ator, Isaac Flores conclui: “a oficina foi uma experiência muito boa, conhecemos novas técnicas. Exigiu muito dos participantes, tanto física quanto emocionalmente. Chegar ao fim é gratificante.”

Sessões de Cinema

Durante a tarde, no Centro de Convenções, a sessão de cinema das 15h exibiu o curta Amoras, de Patrícia Moreira e Cornélio Cunegundes; e o longa De Menor, de Caru Alves, que estava acompanhando a sessão. Para Patrícia Moreira, “as janelas de exibição que a Mostra oferece são muito importantes para quem produz cinema na cidade. Podemos apresentar nosso trabalho e conhecer pessoas”. Às 18h, foi a vez dos curtas Tremor, de Ricardo Alves Jr.; e Parque Soviético, de Karen Black. O longa foi o esperado documentário Olho Nu, de Joel Pizzini, também presente na Mostra, que conta a história de Ney Matogrosso. Às 21h, os curtas Master Blaster, de Raul Arthuso; e História Natural, de Júlio Cavani; e o longa Educação Sentimental, de Julio Bressane.

No bairro Brasil, na Praça Nossa Senhora dos Verdes, o público prestigiou a presença do diretor Cavi Borges, que trouxe o documentário Cidade de Deus – 10 anos depois. Também foram exibidos os curtas A Despedida, de Lucas Ogasawara; e Marina não vai à praia, de Cássio Pereira dos Santos. O distrito que recebeu a Mostra nesta quinta foi Dantilândia, na Escola Municipal Professor Josias França.