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MEC libera abertura de 2,3 mil vagas de medicina em 37 cidades

xpansão estava prevista desde 2014 dentro do programa Mais Médicos

Expansão estava prevista desde 2014 dentro do programa Mais Médicos

O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira (27) a lista das cidades e respectivas instituições de ensino superior privadas que receberam a autorização para abrir 2,3 mil vagas em cursos de medicina. A expansão estava prevista desde 2014 dentro do programa Mais Médicos e as empresas terão até 18 meses para implantar os novos cursos.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), 216 cidades apresentaram propostas e 39 foram classificadas no ano passado. Entretanto, na última análise, as cidades de Tucuruí (Pará) e Limeira (São Paulo) foram eliminadas, por isso a lista final inclui 37 cidades. Com 13 cidades, São Paulo é o estado com o maior total de instituições beneficiadas (Veja abaixo a lista completa).
Cidades, vagas e mantenedora

Veja abaixo a lista das cidades, empresa que vai oferecer o curso e o total de vagas anuais:

Alagoinhas (BA) – 65 vagas – Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda
Eunápolis (BA) – 55 vagas – Pitágoras – Sistema de Educação Superior Sociedade Ltda
Guanambi (BA) – 60 vagas – Sociedade Padrão de Educação Superior Ltda
Itabuna (BA) – 85 vagas – Instituto Educacional Santo Agostinho Ltda
Jacobina (BA) – 55 vagas – AGES Empreendimentos Educacionais Ltda
Juazeiro (BA) – 55 vagas – IREP Sociedade de Ensino Superior, Medio e Fundamental Ltda
Cachoeiro do Itapemirim (ES) – 100 vagas – Empresa Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão S.A – EMBRAE
Contagem (MG) – 50 vagas – Sociedade Mineira de Cultura
Passos (MG) – 50 vagas – Centro Educacional Hyarte-ML-Ltda
Poços de Caldas (MG) – 50 vagas – Sociedade Mineira de Cultura
Sete Lagoas (MG) – 50 vagas – Centro Educacional Hyarte-ML-Ltda
Jaboatão dos Guararapes (PE) – 100 vagas – Sociedade de Educação Tiradentes S/S Ltda
Campo Mourão (PR) – 50 vagas – CEI – Centro Educacional Integrado
Guarapuava (PR) – 55 vagas – Campo Real Educacional S.A
Pato Branco (PR) – 50 vagas – Associação Patobranquense de Ensino Superior S.C. Ltda
Umuarama (PR) – 60 vagas – Associação Paranaense de Ensino e Cultura
Angra dos Reis (RJ) – 55 vagas – Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda
Três Rios (RJ) – 50 vagas – Sociedade Universitária Para o Ensino Médico Assistencial Ltda
Vilhena (RO) – 50 vagas – Associação Educacional de Rondonia
Erechim (RS) – 55 vagas – Fundação Regional Integrada
Ijuí (RS) – 50 vagas – UNISEB União dos Cursos Superiores SEB Ltda
Novo Hamburgo (RS) – 60 vagas – Associação Pro Ensino Superior em Novo Hamburgo
São Leopoldo (RS) – 65 vagas – Associação Antonio Vieira
Jaraguá do Sul (SC) – 50 vagas – Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda
Araçatuba (SP) – 65 vagas – Missão Salesiana de Mato Grosso
Araras (SP) – 55 vagas – Sociedade Regional de Ensino e Saúde S/S Ltda
Bauru (SP) – 100 vagas – Associação Educacional Nove de Julho
Cubatão (SP) – 50 vagas – AMC – Serviços Educacionais Ltda
Guarujá (SP) – 55 vagas – Associação Prudentina de Educação e Cultura APEC
Guarulhos (SP) – 100 vagas – Associação Educacional Nove de Julho
Jaú (SP) – 55 vagas – Associação Prudentina de Educação e Cultura APEC
Mauá (SP) – 50 vagas – Associação Educacional Nove de Julho
Osasco (SP) – 70 vagas – Associação Educacional Nove de Julho
Piracicaba (SP) – 75 vagas – ISCP Sociedade Educacional S.A.
Rio Claro (SP) – 55 vagas – ISCP Sociedade Educacional S.A.
São Bernardo do Campo (SP) – 100 vagas – Associação Educacional Nove de Julho
São José dos Campos (SP) – 100 vagas – ISCP Sociedade Educacional S.A.

Ampliação
A expectativa do MEC era de que fossem ofertadas até 2.460 vagas para formação de médicos. Porém, com a exclusão das cidades de Tucuruí e Limeira, o número de vagas passou para 2.355.
No ano passado, ainda na gestão Dilma Rousseff, a previsão do programa Mais Médicos era abrir 11,5 mil vagas de medicina até 2017. À época, a meta do governo também incluía a criação de 12.372 vagas em residência médica até 2018.
O secretário de regulação e supervisor da educação superior do MEC, Maurício Costa Romão, disse, em entrevista ao G1, que para ter a proposta contemplada, a instituição tinha de cumprir três requisitos: ter bons indicadores de qualidade, robustez financeira e projeto pedagógico para a formação médica. “As propostas que não foram habilitadas não cumpriram um ou mais critérios”, afirmou.
Entre esta quarta-feira (29) até o dia 11 de outubro, as mantenedoras serão convocadas para apresentar a garantia de execução dos projetos. No dia 18 de outubro, haverá a assinatura do termo de compromisso entre as instituição com o MEC.
Também está previsto o monitoramento da implantação dos projetos apresentados. De acordo com cada proposta selecionada, esse processo pode ser realizado entre três e 18 meses. O prazo final acaba no dia 18 de junho de 2018, de acordo com o ministério.
Polêmica
Publicado em dezembro de 2014, o edital que previa a seleção das instituições para criação das novas vagas de medicina, foi suspenso em outubro de 2015 pelo Tribunal de Contas da União.
Na ocasião, a ministra Ana Arraes destacou em seu despacho que no edital do MEC não havia “delimitação clara dos critérios de habilitação, principalmente quanto à capacidade econômico-financeira” das mantenedoras. Somente em julho deste ano, o TCU determinou a liberação do edital.
Escolha das cidades
O projeto de expansão prevê que dez por cento das vagas devem ser concedidas com bolsas voltadas para estudantes de baixa renda. O objetivo da abertura de novos cursos é garantir atendimento a municípios considerados prioritários pelo governo (veja a lista de instituições abaixo). Todas as cidades têm pelo menos 70 mil habitantes e não ofereciam a formação médica, segundo o governo.

Fonte: G1 Bahia