Brasil

Marinha descarta relação entre óleo encontrado em Cabo Frio e petróleo venezuelano

Os fragmentos de óleo encontrados na Praia do Peró, em Cabo Frio (RJ), na Região dos Lagos, não são compatíveis com o petróleo cru que afeta praias do Nordeste e Sudeste. A análise do material, de cerca de 100 gramas, foi feita pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), ligado à Marinha, e divulgado pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Força em conjunto com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Anteriormente, o IEAPM já havia descartado a relação entre resíduos encontrados em Macaé e Quissamã, também no Norte Fluminense, e o material derramado na costa brasileira.

Ainda segundo o GAA, não foram detectadas novas ocorrências de óleo no estado do Rio. Os fragmentos já foram retirados da praia. A última atualização do Ibama, divulgada na sexta-feira, apontava 817 localidades afetadas pelo petróleo venezuelano distribuídas por 11 estados e 126 municípios. A origem do vazamento ainda é desconhecida.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Cabo Frio, citada pelo G1, os fragmentos podem ser resíduos de um vazamento de óleo que ocorreu em abril e que teriam se desprendido das pedras. A Prefeitura informou ao site que está de prontidão para que as praias não sofram danos.

Os primeiros resíduos de óleo chegaram ao estado do Rio no último dia 23, na Praia de Grussaí, em São João da Barra, no Norte Fluminense. Na quinta-feira, o GAA considerou “baixa” a probabilidade de o petróleo avançar ao sul de Cabo Frio, na direção da capital e da Região Metropolitana, em razão da dinâmica das correntes oceânicas.

Na sexta, o coordenador do GAA que acompanha o derramamento de óleo no litoral brasileiro, almirante de esquadra Marcelo Campos, afirmou que a situação nas praias está “controlada”, porque a quantidade de petróleo que atinge o país é cada vez menor. De acordo com ele, há 19 dias não são encontradas manchas, mas sim apenas vestígios do óleo.

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