Polícia Vitória da Conquista

Incêndio criminoso em ônibus coletivo é provável retaliação a prisão de envolvidos em assalto com reféns no Parque Imperial

Foto: Reprodução – TV Sudoeste

Foto: Reprodução – TV Sudoeste

A principal motivação para dois criminosos, supostamente adolescentes, atearem fogo em um ônibus coletivo da viação Cidade Verde, no final da noite desta quinta-feira, 17, no Morada Real, pode ter sido a prisão de dois suspeitos de terem participado do roubo ocorrido na última terça, 14, no loteamento Parque Imperial.

Duas famílias foram feitas reféns por 8h. Durante a ação criminosa um dos ladrões pegou duas facas de churrasco e ameaçou cortar a cabeça de um bebê de 11 meses, filho de uma das vítimas.

O deficiente físico Cléber Carvalho Reis, conhecido por “Aleijadinho” e Filipe Santos Souza foram conduzidos a delegacia e autuados em flagrante pelo delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos, Ney Brito.

Aleijadinho seria o responsável em transportar o material roubado e os outros quatro envolvidos. Filipe foi reconhecido pelas vítimas e apontado como o mais violento dos criminosos.

Mesmo com fortes indícios que o incêndio tenha sido por conta da prisão dos suspeitos de participação no roubo, a Polícia Civil não descarta outras hipóteses, como represália as grandes apreensões de drogas e conflitos envolvendo os transportes alternativos de passageiros.

Sintravc

Em repúdio ao ato de vandalismo, o Sindicato dos Rodoviários emitiu uma nota pública. Veja a íntegra:

Nota de repúdio

Nesta sexta-feira,17, amanhecemos com a notícia de que um veículo da empresa cidade verde sofreu um ato de vandalismo sem motivo aparente.

Partindo dessa informação podemos afirmar que destruir, arruinar, assolar, devastar, desfazer, demolir e aniquilar, são todos sinônimos de ato não compreensivo por todos. Como consequência não podemos concordar com a destruição ou entender como um ato normal, somos seres humanos com direito garantido e não podemos como cidadãos nos comportar com destruidores de um bem que usufruímos diariamente. A lei prevê destruição de patrimônio público com pena de detenção, de 1 ano a 6 meses ou multa.

Não é porque vivemos em um estado democrático de direito, com liberdade de expressão, que tal liberdade nos permita a ato de vandalismo.

Quando destruímos um patrimônio público, estamos cooperando com a desigualdade, cooperando com as dificuldades para com aqueles menos assistidos pelo estado ou até mesmo pela própria sociedade.

Portanto, nós do sindicato dos rodoviários de Vitória da Conquista (SINTRAVC), jamais apoiaríamos esse tipo de ato. Por isso viemos a público prestar essa nota de repúdio.

Fonte: Blitz Conquista