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Bahia Política

Impeachment pode levar Rui Costa a mudar time de secretários

 

O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, atual ministro-chefe de Gabinete Pessoal da Presidência da República, é um dos que deve ser repatriado

O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, atual ministro-chefe de Gabinete Pessoal da Presidência da República, é um dos que deve ser repatriado

Ao longo de ontem, circulou na imprensa nacional a informação de que a presidente Dilma Rousseff (PT) já dá como certo seu afastamento do cargo. O processo de impeachment contra a petista em análise na comissão especial formada no Senado deve ser votado no dia 6 de maio e o governo considera que a derrota é irreversível no colegiado, onde dos 21 integrantes, apenas cinco são contrários ao impedimento. A notícia não agrada em nada ao governo Rui Costa, na Bahia. À medida que a aprovação do processo no Congresso Nacional se torna iminente, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) articula a formação do seu ministeriado, inclusive com a participação do presidente do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima, cotado para a Secretaria de Governo.

Nesse cenário, a troca de figurinhas no governo federal causaria um problema que o governador Rui Costa não gostaria de ter em sua gestão: alocar os possíveis baianos que ficarão desempregados após Temer começar a atender seus aliados e, consequentemente, ser obrigada a mexer em seu time. A lista de nomes da Bahia em cargos federais e que podem perder o posto incluem figuras políticas conhecidas, como o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, atual ministro-chefe de Gabinete Pessoal da Presidência da República, e o seu ex-secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, suplente de deputado federal pelo PT, que está na função de chefe de gabinete da Secretaria Geral da Presidência da República.

Além de Wagner, no alto escalão pode perder o cargo o ministro da Cultura, Juca Ferreira, pré-candidato a prefeito de Salvador. Nesse cenário, o impeachment motivaria o PT, segundo informações de bastidores, a agraciar Ferreira com a candidatura na capital baiana. Quando o ministro assumiu a Cultura no governo Dilma, convidou o cineasta baiano Pola Ribeiro, irmão do ex-deputado e já falecido Zezéu Ribeiro, para a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Agora, pode ser mais um aliado para a ser alocado pelo governo baiano, onde antes era diretor do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb).

Ainda na cota do PT, ocupam cargos federais José Cassiano Ferreira Filho, na Superintendência Regional da Infraero por indicação da deputada federal Moema Gramacho (PT); Wellington Rezende, delegado regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário, sob indicação do deputado Afonso Florence; José Maria de Abreu, ex-presidente do PT baiano, na Superintendência Regional do Trabalho por sugestão do deputado Luiz Caetano, dentre outros.

Diversos partidos estariam na fila

O PSD é outro partido cuja bancada de parlamentares baianos possui nomes indicados na esfera federal. O senador Otto Alencar, presidente do partido no estado, tem na Companhia de Docas da Bahia (Codeba) seu quadro José Rebouças; também por força do PSD, está no Departamento Nacional de Obras e Combate à Seca o jurista Josafá Marinho de Aguiar.

O PR, do deputado federal José Carlos Araújo, tem a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que é ocupada Fernando Ornelas. Já o PDT, do deputado federal Félix Mendonça Júnior, tem em Brasília a irmã do parlamentar, a ex-vereadora Andrea Mendonça na vice-presidência de Serviços dos Correios. No mesmo órgão federal, o PCdoB baiano emplacou o ex-secretário Ney Campello no cargo de vice-presidente de Rede de Agências e Varejo. Na cota do partido comunista, ainda consta o diretor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na Bahia, Vicente Neto, por indicação da deputada Alice Portugal.

Quem também possui aliado no campo federal é o deputado federal João Carlos Bacelar, presidente do PTN baiano. O congressista tem o seu filho, João Cláudio Batista na chefia da Superintendência Regional de Agricultura no estado.

Fonte: Tribuna da Bahia