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Polícia Vitória da Conquista

Homens armados ameaçam funcionários da Loja Jair Lagoa Motocicletas

Os funcionários da Jair Lagoa estão em pânico

Os funcionários da Jair Lagoa estão em pânico

Desde que a Justiça Federal de Vitória da Conquista, atendendo decisão do Ministério Público Federal (MPF), da Bahia, determinou a suspensão e cancelamento imediatos de contratos vigentes do plano “Morte Súbita” para compra de motocicleta na cidade, a situação das empresas ficou complicada.

Alguns clientes começam a exigir o retorno do que foi pago por eles. No final da tarde desta quarta-feira, 15, um cliente teria invadido a Loja Jair Lagoa e ameaçado funcionários com uma arma. Testemunhas disseram que o cliente teria recebido o pagamento da “morte súbita” em três cheques, porém não conseguiu efetuar o saque.

Revoltado, ele teia chegado ao estabelecimento gritando e quebrando alguns móveis. Segundo a polícia, uma testemunha relatou que minutos antes, dois homens armados entraram no estabelecimento e fizeram ameaças por motivo semelhante. Imediatamente, após a confusão, funcionários da Jair Lagoa fecharam as portas. Em pânico, alguns alegaram que estão a aproximadamente 60 dias sem receber os salários.

A ação

A ação do MPF para suspensão do “Morte Súbita” foi aceita pela Justiça no dia 6 de maio. O plano de vendas se caracteriza pelo formato de que o contemplado deixa de pagar as parcelas remanescentes do produto caso seja sorteado.

No entendimento do MPF, o consórcio realizado era ilegal, porque as empresas não têm autorização do Banco Central para funcionar como instituição financeira. Os pagamentos dos consórcios eram feitos através de boletos bancários, e quando o sorteado se desobriga do pagamento das demais parcelas, quem ainda permanece no esquema acaba pagando o valor de três motocicletas, quando recebem apenas uma. Além disso, a multa pela desistência e do consórcio aplicada pela empresa é de 50% de tudo que foi pago, quando, consórcios legais cobram 10% de taxa de administração.

As empresas tentaram de várias formas reverter a decisão, fazendo pronunciamentos na imprensa e requerendo apoio político e jurídico, mas o MPF se mantém irredutível. No início deste mês, a pedido do Ministério Público, a Justiça Federal deferiu liminar proibindo que as oito empresas que promovem consórcios ilegais de motocicletas promovam reuniões e entrevistas para manter este tipo de contrato ou constituam associação ou outra pessoa jurídica para comercializá-los. A liminar bloqueou R$100 mil em bens das empresas Jair Lagoa Motocicletas, Legal Motos Ideal e Aliança Portugal Motos, por descumprirem decisão judicial anterior e seguirem comercializando e mantendo tais contratos.

“Morte súbita”

As empresas condenadas denominam os seus contratos de compra e venda futura, entretanto, realizam o que é conhecido como consócio morte súbita, compra premiada ou venda premiada. O esquema ocorre da seguinte forma: as empresas formam grupos de 49 ou mais pessoas que, interessadas em adquirir uma motocicleta, inscrevem-se, pagam mensalidade, assinam um contrato de adesão e concorrem ao bem. A cada mês ocorre um sorteio, sendo que o contemplado não precisa mais pagar as parcelas restantes. O saldo residual é repassado aos demais consumidores, que, contemplados tardiamente, acabam por pagar o preço de duas ou três motocicletas. Com informações do Blog do Marcelo.