Brasil

Funerárias reduzirão preço de enterro para mortos por Covid-19

Para tentar minimizar o sofrimento das famílias vítimas do novo coronavírus, a Associação de Funerárias do Distrito Federal quer doar mão de obra e transportes para o enterro quando for confirmado se tratar de pessoa de baixa renda.

As funerárias conveniadas também decidiram reduzir o custo dos serviços de sepultamento mesmo se a família não for carente. O valor cairia de cerca de R$ 2 mil para R$ 1,1 mil. Nessa cifra, contudo, não estão inclusos os custos com o cemitério que, no total, pode chegar a R$ 5 mil.

“Nos reunimos e levamos a proposta para a Secretaria de Justiça e Cidadania [Sejus] por entender que o momento é de solidariedade também por nossa parte”, explicou Ed Lincoln Fernandes Alves Silva, diretor da Associação de Funerárias do Distrito Federal (veja o documento abaixo).

A proposta foi feita na semana passada e sugere que o Governo do Distrito Federal (GDF) continue arcando com o custo das urnas mortuárias. A oferta também vale para famílias residentes no Entorno do Distrito Federal.

Dentro do chamado sepultamento social, cabe ao Executivo local arcar com caixões, transportes, mão de obra e o próprio funeral de óbitos da classe mais baixa.

“Em janeiro, houve desabastecimentos de urnas e chegamos a doá-las à época para ajudar o governo e essas famílias. Por isso, a gente voltou a estudar a possibilidade de doar também na pandemia, em situação de necessidade, mas esperamos que não seja o caso, porque acreditamos nas medidas adotadas pelo GDF contra essa doença”, disse Ed Lincoln.

Segundo ele, para esse suporte, as funerárias do DF contam com capacidade de transportar 1.254 corpos por dia. São 94 carros funerários de diversos tamanhos, podendo levar de dois a quatro caixões na mesma viagem.

“No caso de um cenário pessimista no ápice da pandemia, a gente também sugeriu que o GDF liberasse a faixa exclusiva das vias para o transporte funerário. Embora as ruas estejam vazias, seria uma forma de garantir a agilidade da locomoção”, completou.

Desde que foi decretada a pandemia pela Organização Mundial da Saúde, a associação orientou todas as funerárias em funcionamento no DF para que adotem o uso de equipamentos individuais de proteção (EPI) pelos trabalhadores.

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