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Religião Vitória da Conquista

Festa da Padroeira de Vitória da Conquista começa nesta quinta-feira, 06

A Igreja Nossa Senhora das Vitórias já está preparada para a festa

A Igreja Nossa Senhora das Vitórias já está preparada para a festa

Serão realizados no periodo de 06 a 15 de agosto, os festejos em homenagem a Nossa Senhora da Vitória, padroeira de Vitória da Conquista. Neste ano, a festa completa 110 anos de existência. No último domingo, a Comissão de Festa promoveu a tradicional lavagem da Catedral e a carreata pelas principais ruas da cidade. Este ano, a festa traz como tema central, “Com Maria, somos igreja, assembleia dos chamados, chão de todas as vocações”.

A devoção a Nossa Senhora da Vitória, segundo historiadores, remonta ao século XVI ou mesmo antes desse período, pois, em 1549, o então governador Tomé de Souza já havia encontrado em Salvador uma capela dedicada a N. Sra da Vitória, erguida pelos primeiros colonizadores. O que se sabe é que esta devoção se espalhou por boa parte do território brasileiro. Há igrejas históricas dedicadas a esta santa em São Luís-MA, em Vitória-ES, em Oeiras-PI, em Maceió-AL, em Ilhéus-BA e na cidade do Rio de Janeiro.

Segundo consta na tradição oral e escrita, a devoção esteve, ao que parece, sempre ligada à vitória de um povo sobre o outro. Em terras baianas, observa-se um fato na história da cidade de Salvador, conforme transcrição extraída da obra do prof. Mozart Tanajura: “A primeira Paróquia & Matriz, que teve a cidade da Bahia”, narra Frei Agostinho de Santa Maria, “foi a causa de Nossa Senhora da Vitória, título adquirido de uma grande vitória, que os portugueses alcançarão (sic) com o fervor de Nossa Senhora contra os índios.”

A devoção a N. Sra. da Vitória, em Vitória da Conquista, apresenta uma historiografia um pouco complexa devido aos poucos registros históricos no âmbito eclesiástico e em virtude de algumas datações distintas. A historia relata que, em 1752, a bandeira de João da Silva Guimarães adentrou no território, vencendo os índios Imborés e Mongoiós em combate sangrento travado pela conquista das terras. Em função dessa vitória obtida, João Gonçalves da Costa, genro do bandeirante supracitado, cumprindo os votos de uma promessa feita a Nossa Senhora, constrói uma capela cuja invocação a Nossa Senhora da Vitória faz referência a este fato. A construção desta igreja foi iniciada em 1803.

De acordo com prof. Mozart Tanajura, “ em 1806 se conclui que já estava coberta, pelo fato desta data ter sido impressa em algumas telhas recolhidas quando da sua demolição em 1932”[3]. Ainda segundo o historiador, somente em 1823, a igreja teria sido inaugurada sem os altares e decoração, pois estes vinham encomendados quase sempre da capital baiana. Com efeito, a construção desta igreja demorou mais de quarenta anos para ser concluída totalmente.