Geral Vitória da Conquista

Embasa promove medidas para garantir a continuidade do abastecimento de água em Vitória da Conquista

Os técnicos da Embasa informaram que choveu na barragem nos últimos dias

Os técnicos da Embasa informaram que choveu na barragem nos últimos dias

Em encontro com a imprensa na manhã desta segunda-feira (13), representantes da Embasa em Vitória da Conquista apresentaram um balanço das três primeiras semanas do racionamento no abastecimento de água do município e anunciaram que vai haver um aumento do volume de água captado pela adutora do Catolé. Durante a coletiva, foi informado que o projeto de construção da barragem do Catolé deve ser entregue ao agente financiador nos próximos dias.

O gerente do escritório local, Álvaro Aguiar, detalhou as medidas adotadas pela Embasa para corrigir os problemas registrados nas primeiras semanas do racionamento. Segundo ele, as ações vêm surtindo os efeitos esperados e, neste momento, apenas alguns pontos localizados ainda apresentam dificuldades na distribuição de água, mas adiantou que as intervenções necessárias estão sendo tomadas.  Aguiar alertou que, mesmo diante desta situação atípica, uma parcela da população ainda não se adaptou ao cenário de racionamento, mantendo hábitos de consumo de água como se houvesse uma oferta normal na cidade por meio de armazenamento de grandes volumes. “Isso acaba provocando irregularidade na distribuição em outros pontos da cidade”, concluiu o gerente.

Em relação ao atendimento do 0800 0555 195, a gerente regional informou que, para adequar a capacidade de atendimento ao aumento momentâneo da demanda, a Embasa promoveu as medidas para garantir o funcionamento do serviço durante 24 horas por dia, em todos os dias da semana.

Em operação desde 2014, a adutora do Catolé, em condições normais, é responsável por até 45% da oferta de água distribuída em Vitória da Conquista. Com a estiagem que afeta toda a região, aliada à ação de irrigantes, que reduziu a vazão do rio, esse percentual caiu para 20%. Para aumentar o volume captado no rio Catolé, a Embasa instalou mais bombas no manancial, de modo a diminuir a captação nos reservatórios de Água Fria I e II para que se recuperem, caso a região registre um inverno chuvoso. “O aumento do volume captado e a mudança do local de captação, e não o aumento da produção e da distribuição de água, é que possibilitarão uma melhora em nossos reservatórios”, declarou a gerente regional da empresa, Kelly Galvão. Com a redução do volume ofertado durante o racionamento, a Embasa disponibiliza diariamente 30 milhões de litros de água por dia, o que significa, em média, 100 litros por habitante.

Ao explicar sobre o andamento da construção da barragem do rio Catolé, a assessora jurídica, Analiz Pessoa, informou que a revisão do projeto, orçado no valor de aproximadamente R$ 156 milhões, está em fase de conclusão e deverá ser entregue à Caixa em breve. Posteriormente, um novo processo de licitação será aberto visando à contratação de uma empresa executora. Prevista para operar com suficiência num horizonte de 30 anos, a nova barragem terá capacidade quatros vezes maior que a atual e poderá armazenar 24 bilhões de litros de água.

Neste final de semana, na região onde estão situadas as barragens de Água Fria foi registrado um volume de 45 milímetros de chuva. Neste momento, as barragens possuem 2,2 bilhões de litros armazenados, ou seja, 34% da sua capacidade.