Em audiência no TJ, vereadores defendem manutenção de povoados em Vitoria da Conquista

Arlindo Rebouças e Professor Cori entregaram à desembargadora diversos documentos comprobatórios da relação histórica dos moradores da área em litígio com o Município de Vitória da Conquista
Ascom/CMVC
Os vereadores Arlindo Rebouças (PROS) e Coriolano Moraes (PT) estiveram em Salvador nesta segunda-feira (15), onde conversaram com a desembargadora Ilona Márcia Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade/ADIN, impetrada pelos Municípios de Anagé e Jânio Quadros e que contesta a Lei Estadual 12.564, de 2012, que atualiza os limites dos municípios que integram o Território de Identidade de Vitória da Conquista.
Acompanhados do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vitória da Conquista, Balbino Vieira, e do Assessor de Comunicação da Câmara, Fábio Sena, os parlamentares apresentaram à desembargadora argumentos para demonstrar o quão prejudicial seria a milhares de moradores da Zona Rural o desmembramento de suas comunidades do território de Vitória da Conquista, passando a integrar unidades federativas com as quais não tem nenhuma identidade cultural ou administrativa.
Arlindo Rebouças e Professor Cori entregaram à desembargadora diversos documentos comprobatórios da relação histórica dos moradores da área em litígio com o Município de Vitória da Conquista. Esclareceram, ainda, que todas as comunidades são radicalmente contrárias à hipótese de pertencerem a outro Município, sentimento manifestado de forma generalizada em audiência pública realizada pela Câmara no dia 6 de Dezembro e à qual os moradores compareceram maciçamente. Vídeos com declarações de diversas lideranças rurais e clippings de matérias postadas em diversos blogs locais foram também entregues para demonstrar a comoção e a preocupação popular em torno do assunto.
O vereador Professor Cori afirmou à magistrada que o sentimento das comunidades em questão é de pertencimento a Vitória da Conquista e que significaria uma violência simbólica muito forte quebrar os laços afetivos e culturais construídos ao longo de séculos por questões meramente formais de território. O vereador Arlindo Rebouças demonstrou que essas comunidades sempre foram servidas com equipamentos e serviços administrados pelo Município de Vitória da Conquista, e que inclusive os moradores são registrados e se autoproclamam conquistenses. “Portanto, é um equívoco que se tornem cidadãos de outros municípios a fórceps”, afirmou.